Negócios e Notícias de Julho

21 de Julho de 2025!

Comecei a escrever o fechamento de julho, e vi que apenas os negócios e as notícias já ficou um texto enorme, então, resolvi trazer antecipadamente estas questões.

 

Negócios Realizados

Em 01/07 aportei R$ 3.000 para o Banco Inter e converti o valor para dólares. O custo efetivo total da operação foi de R$ 5,57 por dólar, enquanto a cotação no momento era de R$ 5,47 — o que representa um spread de 1,50%, além de 0,38% de IOF. Com isso, carreguei US$ 538,50 na conta de investimentos. Somando alguns dividendos que já estavam disponíveis, o saldo totalizou US$ 552,02, valor que utilizei integralmente para adquirir o ETF XLRE. Foram compradas 13,22678 cotas, com preço médio de US$ 41,74 por cota.

Ainda na parte internacional, na corretora Avenue eu vendi minhas cotas de SCHP e reapliquei no VGLT, conforme comentei no fechamento anterior, VGLT tem títulos com vencimento mais longo e sofre mais marcação a mercado, minha expectativa é que as taxas caiam e lucrar na valorização. O dia que as taxas caírem e o VGLT estiver dando um bom lucro, provavelmente as ações também estarão no topo histórico, então o plano será vender ele e comprar algum ETF de renda fixa curto prazo, como o BIL ou BSV, e aguardar uma queda da renda variável para comprar mais.

No mercado brasileiro, reinvesti os dividendos de ações, comprando 137 ações da Unifique, empresa do setor de telecomunicações, paguei R$ 3,90 por ação, mais 15 centavos de custos, totalizando R$ 534,45, no dia 04/07, obviamente nos dias seguintes a ação caiu. 👺 

Fiz um aporte de R$ 470,78 no Tesouro Educa+ 2026, que em 16/07/2025, estava pagando IPCA+ 8,15%, as taxas voltaram a subir. Comprei este vencimento mais curto por 2 motivos, quero ver na prática como funciona esse parcelamento do pagamento em 5 anos, fazendo uma divisão simples, sem considerar juros e impostos, receberia cerca de 7,85 por mês referente a essa compra. Também quero ver a questão das taxas, pelo que dizem levando ao vencimento estes títulos não tem taxas. Lendo as regras eu imagino o funcionamento, mas na prática aprendo melhor.

  

Notícias e Fatos Relevantes

 
  • As ações da Fleury deram um salto no dia 21, haviam boatos de negócios com Rede D'or, que foram negados pela empresa.
 

Investir no Exterior Ficou Mais Caro

No Brasil, tivemos a principal mudança nas regras do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras, um resumo na imagem abaixo:

Fonte: https://www.infomoney.com.br/politica/linha-do-tempo-da-batalha-do-iof-entenda-discussao-entre-executivo-congresso-e-stf/ 

 

Na prática, o governo promoveu um aumento significativo na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em diversas operações. O impacto mais sentido por quem diversifica internacionalmente foi no envio de dinheiro para o exterior. 

A taxa, que era de 0,38%, saltou drasticamente. Em uma simulação de envio para uma corretora no exterior, realizada no dia 21 de julho de 2025 através do Banco Inter, a alíquota cobrada já era de 3,5%. Esse novo patamar praticamente inviabiliza novos aportes, vou parar por um tempo e ver o que acontece.

Ainda sobre o tema, a instabilidade jurídica, houve uma tentativa de aplicar a nova regra de forma retroativa, o que felizmente foi revertido. Para quem deseja trazer recursos do exterior para o Brasil, a notícia é um pouco melhor: segundo o Santander, a alíquota de entrada permanece em 0,38%. 

 O Fim da Isenção? LCI, LCA e FIIs na Mira do Governo

Além do IOF, o mercado acompanha com apreensão as sinalizações do governo sobre a possível tributação de investimentos que hoje são isentos de Imposto de Renda. Estão na mira:

  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI)

  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)

  • Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra)

  • Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro)

  • Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)

A expectativa é que, a partir de 2026, a poupança possa se tornar um dos poucos refúgios isentos. Caso essa tributação se confirme, é esperado um movimento de queda nos preços dos FIIs, mas pode ser que o Sr Mercado já precificou isso, sempre é difícil saber.

Inflação "Descontrolada"

E saiu a carta aberta da inflação 2025, e os motivos que levaram a inflação a desviar 2,35 pontos percentuais acima da meta foram:

  • Inércia inflacionária: 0,69 p.p.

  • Expectativas de inflação: 0,58 p.p.

  • Hiato do produto: 0,47 p.p.

  • Inflação importada: 0,46 p.p.

  • Bandeira tarifária de energia elétrica: 0,27 p.p.

Ainda segundo a carta, a expectativa que a inflação esteja na meta de 3% apenas no final de 2026, mas caso o cenário piore, pode haver mais altas da SELIC.

Uma "Boa Notícia" com Ressalvas: A Tarifa Social de Energia 

Uma notícia boa para os 60 milhões de brasileiros inscritos nos programas sociais do Governo Federal, estão criando a Tarifa Social de Energia Elétrica, faz parte da Medida Provisória nº 1300 de 2025, a medida também prevê liberdade de escolha do fornecedor de energia, o que pode ser bem positivo. 

Segundo Senado: "A expectativa do governo é reduzir a inadimplência, os furtos de energia (gatos) e os custos operacionais das distribuidoras.", mas estejam avisados, não existe almoço grátis, alguém vai ter que pagar essa conta, eu imagino que virá na forma de mais impostos e inflação, o que pode até aumentar a pobreza, ao invés de reduzir.

As Tarifas Americanas e o Tabuleiro Político Brasileiro

Tivemos uma enxurrada de notícias a respeito das cartas do presidente americano Donald Trump, o homem está taxando dezenas de países, sendo o Brasil um dos mais afetados, com taxas de 50%.

E aqui, me permitam divagar um pouco, mas a minha leitura desse cenário é a seguinte: o tarifaço aconteceria devido ao BRICS, mas o Bolsonaro resolveu usar a pressão externa de Trump para negociar uma saída para seus próprios problemas judiciais — as tarifas só cairiam com uma anistia. Só que o tiro saiu pela culatra de forma espetacular. Agora, o governo Lula não poderia ter um bode expiatório melhor. Qualquer turbulência econômica causada pelas taxas cairá diretamente no colo de Bolsonaro, o que não só enterra suas chances de reeleição, como pode até, por tabela, diminuir a rejeição ao atual presidente. 

E uma charge do chatGPT resumindo meus rabiscos!


Parece que o período eleitoral não termina nunca.

Até o futuro!

2 comentários:

  1. Rapaz, sem comentários a situação tenebrosa do Brasil. Nem gosto de falar sobre.

    Sobre o IOF de 3,5%, é mais uma injustiça cometida pelo governo, sem dúvidas, assim como outros impostos que se planeja cobrar. Mas não considero que isso inviabilize os aportes no exterior. Por exemplo, se eu quiser mandar R$ 1.000,00 eu pagaria R$ 35 de IOF, o que ainda é um custo baixo, na minha opinião. Aumento absurdo do imposto? Sim, com certeza. Ultrajante. Mas, não é isso que vai me impedir de investir em empresas no exterior.

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    Respostas
    1. Grande Mago! Tudo bem com você?

      Eu já achava caro antes, vou dar uma segurada nos aportes por um tempo, vai que um dia volta a regra antiga, mas se as coisas ficarem realmente muito mais estranhas por aqui aí realmente não vai importar a taxa, o jeito vai ser proteger o dinheiro longe do Br.

      Abraços

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