31 de dezembro de 2019

Metas para 2020

Olá, hoje é o último dia de 2019 e consegui tirar um tempo pra escrever algumas metas para o ano que vem, além de avaliar como foi este primeiro ano do blog, que no meu ver foi bem positivo.

Meta de Investimentos

Para começar, as metas de aportes e valores investidos foram superadas, graças as rendas extras desenvolvidas. O plano era aportar R$ 250,00 por mês, mas tive meses que gastei muito ou ganhei pouco e não consegui aportar, e tive em meses que as rendas extras proporcionaram bons aportes, fazendo com que a média superasse esse valor, e ficasse com quase o dobro do previsto no acumulado, também o mercado em alta ajudou bastante nisso.
Metas de investimentos 2019 superadas!
Em relação aos resultados de investimentos, as maiores altas estão com Grendene (56%) e Wege (42%) nas ações, e MXRF11 (24%) nos FIIs. Na ponta negativa, temos a Ambev (-3,89%), a B3 que está no zero a zero, tendendo a cair mais devido a nova concorrência que vem aí, e o FII XPCM11 que vendi com um pouco de prejuízo estes dias, pode relembrar os fatos clicando AQUI e AQUI.

Para o ano que vem, pretendo seguir fazendo rendas extras, a meta aqui é superar 2019, onde fiz R$ 5.560,00, por isso, vou mudar meu planejamento inicial, e vou aumentar a meta de aporte mensal para R$ 350,00, e vou reajustar os valores das metas partindo do total acumulado até agora, para 2020. Se for ver, se conseguir atingir a meta de renda extra, os aportes mensais médios já poderiam chegar em R$ 463,00 só com os extras, mas tenho algumas outras metas/objetivos que provavelmente vão consumir boa parte dessa renda extra, então, vou seguir conservador aqui.

Com a superação da meta neste ano, a meta do 1º Milhão antecipou 1 ano, 2034.
Nessa simulação, considerei que os aportes aumentam para R$ 1.000,00 a partir de 01/06/2022, que é quando terei um aumento salarial maior, e outro aumento nos aportes em 01/08/2025, passando para R$ 2.500,00, devido a quitação de um empréstimo no mês anterior, a ideia é pegar o valor que pagava no empréstimo e somar no aporte. Também considerei rendimentos de 0,5% até 01/06/2022, o que é conservador no meu ver, e aumentei para 1,5% ao mês após isso, não sei como poderia fazer uma simulação mais exata considerando o reinvestimento dos rendimentos.

As metas de aportes iniciais não são muito grandes, mas vejo isso como positivo, para ir ajustando minha carteira e selecionando melhores ativos, até o momento que terei conhecimento e experiência para aportar valores maiores com mais segurança.

Metas Pessoais Diversas

Além das metas de investimentos, também defini metas pessoais, que até hoje nunca fiz por escrito. Geralmente a gente pensa nas coisas que quer fazer no próximo ano, mas não escreve em um local que seja fácil de verificar no final do ano seguinte, escrevendo aqui eu resolvo este problema, também penso em fazer um acompanhamento e registrar a evolução, então... são elas:
  • Na área da Saúde:
    • Praticar atividades físicas regularmente, pelo menos 4 horas semanais, ou mínimo 30 minutos por dia (academia, corrida, caminhada, bicicleta, futebol, etc), se der vou compartilhar aqui um resumo mensal das atividades pra acompanhamento, tem alguns apps de corrida bem úteis pra isso.
    • Ir no dentista pelo menos 3x ao ano, ou a cada 4 meses. Parece pouco, mas acho que é mais do que fui este ano, eu não me cuido muito nisso, preciso melhorar.
    • Melhorar alimentação, ingerir menos cerveja, este ano eu fiquei uns 6 meses sem beber, porque bebi um dia sim outro não hehehe.
    • Dormir mais, e beber mais água.
  •  Na área da :
    • Quero ler a Bíblia todos os dias, essa vai ser complicada, mas existe um plano de leitura da Bíblia em 3 anos, que quero seguir, iniciando amanhã.
    • Amar a Deus pela participação de pelo menos 3 cultos por mês.
    • Amar ao Próximo através da participação em grupo de família e serviços na igreja, música, canto, diácono, etc.
    • Ofertar regularmente % do meu salário.
  • Na área do Conhecimento:
    •  Ler 2 livros por mês, 1 sobre finanças/investimentos e outro pode ser ficção ou qualquer outro que me interesse, o de finanças pretendo publicar o resumo aqui no blog.
    • Estudar 1 Empresa por mês, e publicar aqui no blog o estudo, como meus estudos geralmente são simples, talvez eu faça até de 2 empresas. Você pode ver todos já feitos clicando AQUI.
    • Ler todas publicações de fatos relevantes, relatórios gerenciais, análises e outras informações publicadas pelas empresas e FIIs que sou sócio.
    • Estudar mais idiomas, estou esquecendo o que já aprendi por falta de uso, acho que vou tentar assistir alguns filmes sem legenda, ler livros em inglês talvez, e também estudar através de músicas, por que aí aproveito e pratico o violão, que é outro item que foi bem pouco usado este ano.
  • Na área do Lazer:
    • Fazer 2 viagens, uma para a praia em março, e outra para visitar parentes distantes, provavelmente em julho ou agosto. 
    • Ter mais tempo de qualidade com minha esposa, acho que peco nisso diariamente. 
    • Sair/visitar amigos/familiares, isso eu já faço bastante, pretendo continuar.
    • Festejar datas importantes, aniversários, bodas e conquistas.
  • Outros objetivos:
    • Trocar de carro, fazem 3 anos que estou com o atual, e vejo que poderia ter um mais econômico, este ano inclusive, quase que troquei ele por uma moto + carro, com a ideia de ir trabalhar de moto. Aqui entram algumas despesas extras com transferência, e talvez com a diferença entre veículos, se comprar um mais caro.
    • Antecipar algumas parcelas do financiamento da CEF, se possível renegociar e tentar juros menores, já são baixos, mas com essa SELIC na mínima, vai que dá.
Em resumo, meus desejos para 2020 são Saúde, Fé, Conhecimento, Lazer e Bons Investimentos! Desejo também a todos que me acompanham um feliz e próspero 2020! Abraços.

27 de dezembro de 2019

Estudo da Equatorial EQTL3

Olá!

Seguindo os estudos dos ativos da carteira, hoje vou compartilhar o pouco que estudei sobre a Equatorial, semelhante ao estudo que fiz da Energias do Brasil. Pra começar, olha esse gráfico da cotação nos últimos 5 anos, estamos no topo, uma alta incrível, cotação mais baixa 52 semanas foi R$ 2,76, 823% de alta, aí nos perguntamos, porque não começamos antes?



Histórico da empresa

A Equatorial Energia S.A. (anteriormente denominada Brisk Participações S.A.) foi constituída em 16 de junho de 1999. Segundo o próprio site, a Equatorial Energia é uma holding com atuação no setor elétrico brasileiro, nos segmentos de:
  • Distribuição, através da CEMAR, no Maranhão, da CELPA, no Pará, da CEPISA, no Piauí, e da Equatorial Alagoas, em Alagoas,
  • Transmissão, com 8 projetos ainda em estágio pré-operacional e a Intesa, linha operacional que cruza os Estados do Tocantins e Goiás,
  • Geração, através da Termoelétrica Geramar,
  • Comercialização, através da Sol Energias, e
  • Serviços, através da 55 Soluções.
Logo percebemos que a Equatorial atua em vários ramos do setor de energia elétrica, Geração, Transmissão e Distribuição, da mesma forma que a ENBR3, com a diferença que a Equatorial ainda tem muitos projetos recentes em desenvolvimento, a transmissão é pra operar em 2022.


A abertura de capital da empresa aconteceu em 2006, e após a oferta, o free float ficou em 56,8%, ponto positivo para ela. Em 2008 a empresa passou para o segmento Novo Mercado, que possui as melhores praticas de governança empresarial, mantendo apenas ações ON.

A empresa tem um histórico de adquirir outras empresas, geralmente que estavam passando por dificuldades, e torna-las lucrativas novamente, ao longo da sua história foram feitas aquisições em leilão de privatização, fusões, incorporações etc.
Principais acionistas
A Equatorial tem como estratégia expandir a sua atuação pela aquisição do controle, independente ou compartilhado, de empresas do setor elétrico, com foco nos segmentos de distribuição, transmissão e geração. O mercado alvo da Companhia abrange todo o território nacional. Estratégia.
Comparação dos múltiplos com pares

Pra começar estudar os resultados, fui no site Fundamentus, e dei uma olhada nas empresas do mesmo setor, o P/L da empresa está em 14, provavelmente era bem mais baixo um tempo atrás, porque a alta no preço este ano foi bem forte, mas ainda está em um valor bom. Se o lucro se mantiver constante, você levaria 14 anos para receber o principal de volta (lucro não é dividendo), mas como é uma empresa de crescimento, deve acontecer antes.
Algumas empresas do setor, dei uma filtrada pra pegar as mais líquidas e com resultados positivos, tem muitas empresas listadas no setor: https://www.fundamentus.com.br/resultado.php?setor=32
Ainda em destaque na comparação com pares, EQTL tem um ROE bem alto, só perde pra EGIE e LIGT, e empatada com a TAEE11. Outra questão que me chamou a atenção, é a Liquidez nos últimos 2 meses, volume negociado muito superior a todas as outras do setor, não sei dizer se isso é bom ou não, existe sempre o medo de que grandes volumes negociados pode significar que alguns grandes investidores estão especulando com a ação, podendo elevar os preços artificialmente, mas de qualquer forma boa liquidez é positivo. O crescimento nos últimos 5 anos está em 20%, bem próximo das outras, a exceção nesse indicador foi Omega Energia, OMGE3, que é uma empresa nova voltada a energia limpa e renovável, não consegui muita informação sobre ela.

No lado negativo, dívida bruta sobre o Patrimônio é um dos mais altos em comparação com outras.

Endividamento

A empresa tem muitas dívidas, mas como as receitas são bem previsíveis no setor, é normal elas se alavancarem um pouco. Voltando um pouco e fazendo a comparação com as outras empresas do setor, Equatorial é a mais endividada, olhando o indicador Dívida Bruta / PL, hoje em 2,5.
Clique pra ampliar
No consolidado, maiores valores vencem em 2022 e 2023, depois disso eu espero que os dividendos venham maiores, último dividendo que a empresa pagou foi R$ 0,95 referente ao ano 2018, DY de 1% aproximadamente, (0,95/102)*100 = 0,93, o preço da ação na época era mais de R$ 100,00, aconteceu um desdobramento, onde 1 ação virou 5 ações, ficaram “ex-desdobramento” no dia 28 de novembro de 2019.

O ideal é que as empresas pagassem pelo menos a SELIC em dividendos, para uma estratégia de carteira previdência, remunerando o acionista, mas empresas de crescimento geralmente distribuem o mínimo e reinvestem os lucros pra crescer, que no longo prazo pode até ser mais vantajoso para o acionista.

De 2015 pra cá o lucro cresceu bastante, isso pode explicar o aumento na cotação

Também o patrimônio da empresa vem crescendo forte desde 2012.

No último resultado reportados pela empresa tivemos um bom aumento do lucro líquido, 121% de alta no comparativo trimestral, e 154% 9 meses de 19x18.
Resultados divulgados

Conclusões

No momento está é uma das minhas apostas para o setor, apesar de já ter subido bastante, ainda me parece que as ações do setor estão baratas, eu não gosto muito de Valuation, me dá impressão de que é um exercício muito bem elaborado de adivinhação do futuro, então não podemos considerar isso, mas pensando que a empresa está expandindo e entrou no ramo de transmissão, que é onde tem as melhores margens do setor, faz parte do Novo Mercado, só tem ON, boa governança, tenho boas expectativas nela.

Em relação aos meus filtros, a empresa ficou devendo na parte da dívida, tenho como regra inicial dívida/PL menor que 2, e vimos que aqui deu 2.5. Liquidez, rentabilidade e perenidade me pareceram tranquilo. Outro ponto negativo que encontrei, é a super valorização que a ação teve nos últimos anos, assim que reportar um resultado fraco acredito que vai cair o preço, e pode gerar melhores oportunidades, mas como eu disse antes, ainda acho que pensando no longo prazo, está tudo barato.

Comente aqui qual a sua opinião sobre a empresa, se tiver algum outro ponto pra destacar em relação a ela, vantagens e desvantagens, agradeço a todos que puderem contribuir para os estudos.

Abraços!

Fontes de Pesquisa
Outros estudos da empresa (Youtubers)

Análise de 5 minutos do Eduardo.


Análise mais completas dos fundamentos.

Aula sobre o setor de energia com o Fábio, a partir dos 19 minutos fala sobre Equatorial.

Tem mais videos e estudos do setor no youtube, um canal que conheci recentemente é o Dica de Hoje, também tem alguns videos bem interessantes sobre o setor e sobre a Equatorial, vale a pena seguir lá também.

Até o futuro!

11 de dezembro de 2019

Aportes e Mudanças na Carteira

Olá futuros bilionários! Final de ano chegou, hora de fazer alguns ajustes e colocar a casa em ordem.

No último post eu tinha escrito que não iria mais aportar este ano, mas acabei que consegui fazer alguns serviços extras e ganhei um dinheirinho a mais, e por isso resolvi fazer um aporte bem acima do previsto, aportei R$ 500 na Clear e mais R$ 500 na XP, e fiz as minhas compras de Natal, para o ano que vem acho que posso aumentar minhas metas, este ano superei por muito a meta dos aportes.

Mudanças na Carteira de FIIs

Após alguns meses acompanhando o fundo imobiliário XPCM11, cheguei a conclusão de que não quero ter esse FII para o longo prazo, já tinha colocado uma regra para carteira de comprar apenas fundos multi inquilinos e multi imóveis daqui pra frente, e uma segunda regra que estou pensando em aplicar é comprar apenas FII de tijolos e de prazo indeterminado, mas ainda tenho FIIs de papel...

Últimos dias até deu uma alta forte, que me animou porque saiu de -20% para +7% mais ou menos, com base no meu preço médio R$ 74,13, mas logo voltou cair, poderia até ter saído no lucro se tivesse agido rápido.
Gráfico cotação XPCM11
Mas enfim, quando vi já tinha caído bem abaixo do meu preço médio, e quando voltou a se aproximar resolvi agir, e vendi tomando um pequeno prejuízo, R$ 27,27. Aproveitei para vender minhas cotas de FII de agências bancárias, que como todos sabem, os bancos estão aos poucos virando bancos digitais, eu ainda vou no banco para sacar dinheiro, mas isso pode ser resolvido tendo alguns terminais de auto atendimento espalhados pela cidade, não precisa ter uma agência completa. Por isso vendi as cotas de BBPO11 e SAAG11, além do fato de que como o prejuízo de XPCM11 foi um pouco maior que o lucro dessas vendas, não preciso pagar o IR, ficou R$ 1 real de prejuízo no final, mas os dividendos superaram muito isso.

Com o saldo do aporte e das vendas, resolvi ir as compras, e resolvi deixar a carteira de FIIs com 10 fundos, com preferência para fundos de tijolos multi multi, diversificando nos fundos com foco em Shoppings, Lajes corporativas, galpões para logística e alguns híbridos, que tem imóveis locados para diversos tipos de inquilinos, e ficou da seguinte forma:
Planilha de Balanceamento de FIIs

Resumindo, fiz as seguintes compras e vendas:
Operações com FIIs em Dezembro/2019

Ainda fiquei com os FIIs de papel de recebíveis, que estão dando um bom dividendo também, mas pro longo prazo acho que esses FIIs são quase que uma renda fixa, mas com os riscos da renda variável, então não sei se vou continuar com eles.

Mudanças na Carteira de Ações

Na Clear eu tenho as Ações, e dessa vez resolvi adicionar na carteira ações do setor de energia elétrica que ainda não tinha nenhuma, e após fazer algumas pesquisas, analisar as empresas superficialmente, fiquei muito na dúvida, porque gostei de muitas, por exemplo, fiquei bem tentado a comprar Taesa pelos dividendos e pelo baixo P/L, mas tem o governo de sócio e fiquei um pouco preocupado por ter um P/L tão baixo, talvez tenha algum problema sério com a empresa que eu desconheça, então deixei de fora por enquanto.

Depois fiz alguns filtros utilizando os dados do site fundamentus, e cheguei nessas empresas:

E como ainda fiquei muito na dúvida, resolvi diversificar, porque diversificar é o melhor a se fazer quando não se sabe o que está fazendo :D Comprei de tudo um pouco, EGIE3, EQTL3 e ENBR3:
Além destas do setor elétrico, sobrou um saldo que resolvi comprar FLRY3 que estava precisando aportar para balancear a carteira, conforme minha planilha, que ficou dessa forma agora:
Planilha de Balanceamento para Ações
Eu estou pensando em adicionar mais ações do setores de Educação, Telecomunicações, Programas e Serviços (Software) e também do setor de Saneamento, que infelizmente sempre tem governo no meio, mas é um setor que eu acho bem perene, já adicionei algumas opções na planilha, mas com nota baixa, pra ficarem com um peso menor, já que o setor de Telecomunicações eu acho um pouco arriscado, e de Software eu acho um pouco caro, pelo P/L.

Aporte na Renda Fixa

Pra balancear a carteira de renda fixa e renda variável, tive que aportar cerca de R$ 510 reais em renda fixa, aportado no título do Tesouro Direto, IPCA+ 2045, ficou assim hoje:
 
Bom, pra quem não queria fazer mais nada este ano, foram muitas coisas, algumas horas de estudo de FIIs e ações, mas nem de perto o suficiente para poder dizer que sei exatamente o que estou fazendo, por isso peço que não copiem minha carteira, façam suas próprias análises, com certeza algumas dessas compras vão me decepcionar, não tem como a gente acertar todas, por isso eu diversifico.

Desejo a todos um Feliz Natal, que a luz de Cristo brilhe e abençoe a todos vocês, e que 2020 seja um ano tão bom ou ainda melhor que 2019. Abraços!



6 de dezembro de 2019

Estudo da ENBR3 - EDP Energias do Brasil

Olá a todos!

Voltando aos estudos, ainda não tenho ações do setor de energia elétrica na carteira, sendo que esse é um setor que eu acho muito interessante, pra começar o estudo, fiz alguns filtros iniciais nos dados das empresas do setor de energia no site Fundamentus, e fiquei com as seguintes opções:
Empresas Filtradas do Setor Energia Elétrica, Dados do Site Fundamentus (06/12/2019)
Destas opções, dei uma pesquisada e as que o pessoal mais recomenda compra pela Internet afora são EGIE3, ENBR3 e EQTL3. Vou começar estudando a ENBR3 hoje.

Histórico da Empresa, Perenidade

A EDP Energias do Brasil está listada no segmento Novo Mercado, que é o segmento que possui a melhor governança (em teoria), foi fundada em 2000, listada na bolsa em 2005, no setor de energia elétrica, acho que deve ser o setor mais perene da bolsa, atua com geração, transmissão e distribuição de energia, bem diversificado dentro do próprio setor.


Dei uma conferida na Analise do Eduardo, e tirei um print dessa tabela, confere o crescimento da empresa:


Múltiplos da Empresa

A empresa é negociada na bolsa próximo a máxima das últimas 52 semanas, tem subido bastante este ano, mesmo assim, hoje o P/L ainda está próximo de 9, e tem uma previsão do lucro aumentar nos próximos anos.



O patrimônio líquido tem crescido constantemente, e a empresa tem a dívida líquida bem controlada, até podemos dizer que possui poucas dívidas considerando o setor de atuação, é bem conservadora neste aspecto.


O Lucro líquido ficou alguns anos de lado, subiu forte em 2014 e 2015, caindo em 2016 e voltou a crescer em 2018, não é o ideal, mas pelo menos tem lucro né. Confiram esse gráfico do site fundamentus.
Gráfico do Lucro e Proventos
Um gráfico do relatório da empresa sobre a distribuição de dividendos.

Este ano (2019) a empresa pagou apenas um dividendo em julho, pode ser que paguem mais algum agora em dezembro, mas até o momento não vi nada, acho que podem estar guardando lucro para aquisições já que o governo está querendo privatizar várias empresas. Ao que tudo indica, empresa sólida em setor perene, pagando dividendos e crescendo, pra mim é suficiente. Lembrando sempre que isso é apenas um estudo particular, não sou analista e não faço recomendações de compra ou venda.

Fontes de pesquisa:

EXTRA - Videos de Análises da Empresa









Até o futuro pessoal!

4 de dezembro de 2019

Planilha pra Balanceamento da Carteira

Olá a todos!

Nessa planilha coloquei todos os ativos que eu tenho e os que eu quero comprar, e dou uma nota para cada um, com base nessa nota, a planilha define o percentual que devo alocar nesse ativo, muito simples e funcional.

Pra exemplificar e compartilhar com vocês, criei uma nova planilha, mais simplificada para facilitar o entendimento, e estou incorporando a planilha nesse post, segue:



A ideia é bastante simples:
  1. você coloca o valor total que você possui no campo em laranja, bem no início da planilha, 
  2. em seguida, preenche a coluna Ativo, com o código de negociação, 
  3. depois a coluna Nota, que é uma avaliação pessoal sua, pode usar esses critérios se quiser
  4. e por último, a coluna Possuo (qtde), que é quantas ações ou cotas você já possui.

A coluna Preço Atual, a planilha busca o preço utilizando a fórmula do Google Finance, com base nisso, calcula o total atual que você possui do ativo, e o percentual que isso representa em relação ao valor total da carteira. Em seguida, a planilha calcula a Meta (%), que é porcentagem do ativo que você deveria ter em carteira, com base na nota que deu para o ativo, e o valor que falta para atingir esse objetivo.

Clique aqui para fazer uma cópia no seu Drive
No final, temos as colunas que coloquei em verde, que vão lhe dizer o que fazer, no caso configurei para mandar Comprar, quando % atual da carteira for menor que o % pretendido, e manda aguardar no caso de ter ultrapassado o porcentual desejado em carteira, afinal a ideia é que você consiga corrigir isso com os aportes mensais.

Caso seus aportes mensais representem pouco em relação a sua carteira total, uma hora dessas vai acontecer de você precisar vender algum ativo para fazer o balanceamento, mas como eu sempre escuto por aí, quanto mais tempo você ficar com um ativo, melhor. Inclusive tem muitas pessoas que criticam essa estratégia de balanceamento de carteira, porque geralmente você acaba vendendo suas melhores empresas e comprando mais das suas piores empresas, ou seja, tira dinheiro de um negócio bom e coloca em outro não tão bom, já comentei um pouco sobre isso no artigo Quando Vender uma Ação.
Como fazer uma cópia

Neste mesmo arquivo, tem uma segunda planilha, chamada de gráficos, onde adicionei um gráfico de barras e outro de pizza para facilitar a visualização da alocação dos seus ativos. Caso você queira fazer uma cópia, clique neste link, vai acessar a planilha no meu Drive, então clique no menu Arquivo, e fazer uma cópia, salve no seu Drive para poder editar.

Bom pessoal, por hoje é só, espero que essa planilha seja útil para vocês assim como é para mim. Abraços!

2 de dezembro de 2019

Fechamento de Novembro/2019

Olá queridos leitores do blog!

Finalmente chegou final do mês, e também final do ano. Eu estava ansioso por fazer essa atualização, por ser primeiro mês que vou postar aqui o resultado seguido uma planilha do blog AdP, que mostra os resultados como se fossem cotas de um fundo, e que muitos outros blogs utilizam.

Seguem os print das planilhas, tentei preencher retroativo desde que comecei, os aportes estão corretos, mas a rentabilidade não está 100% exato.

Planilha Além da Poupança - Consolidada
Resultado das Ações, corretora Clear
Resultado dos FIIs e Tesouro Direto, na XP
Como visto, desde o início dessa carteira tivemos 2 meses negativos, em Julho e Agosto, por conta principalmente de XPCM11, nosso cisne negro, que neste mês de novembro teve uma alta forte e trouxe a carteira ao seu melhor mês, 4,6% de alta consolidada. Uma coisa interessante deste mês foi que meu saldo do Tesouro Direto diminuiu, ou seja, minha renda fixa deu negativa neste mês.

No sistema da XP também tem um relatório que é muito parecido com a planilha do AdP, vou colocar aqui para vocês poderem ver a comparação.
Relatório de Rentabilidade da XP (FIIs e Tesouro Direto)
Balanceamento da Carteira por Tipo de Investimento
É bem provável que o relatório da Xp esteja mais exato, mas enfim, é bom termos nosso próprio controle também para fins de comparação. Na XP a rentabilidade final está 5,67% e na planilha está 5,66%, deve ser questão de arredondar apenas.

Pra concluir o post, com essa alta dos FII, e a queda na renda fixa, pra vocês ver que renda fixa também varia, a carteira ficou um pouco desbalanceada, mas nada que me preocupe, posso corrigir isso com próximos aportes.

Ainda estou com valor investido bem acima da meta, então agora vou focar em antecipar algumas prestações de um financiamento imobiliário que tenho, a única coisa que talvez eu faça este mês, é uma venda de XPCM11, que estou a algum tempo analisando e pensando se vale a pena o risco ou não, conforme já escrevi aqui.

Crescimento da Carteira, segue acima das metas
E aí pessoal, gostaram dessa forma de apresentar os resultados da carteira? Comentem aí se gostaram ou se preferem outra forma, achei essa forma interessante, mas temos muitas opções hoje em dia, como eu gosto de experimentar e sou bastante curioso, talvez até mês que vem eu já descubra outro site ou outra planilha interessante e traga aqui para vocês.

Bons investimentos!

26 de novembro de 2019

Como Investir no Exterior com Pouco Dinheiro

Olá, estou estudando e vendo opções baratas pra investir no exterior, para tanto, estou vendo videos e lendo artigos em blogs de quem já faz isso, e ao invés de guardar nos meus favoritos o conteúdo que achei mais interessante, resolvi compartilhar aqui com vocês.

Um site que achei muita informação sobre o assunto é da Remessa Online, eles tem um blog com vários artigos sobre diversas corretoras, alguns que li até o momento:
  1. Remessa Online e Avenue Securities
  2. Como investir pela Interactive Brokers  
  3. Como investir na TD Ameritrade

Estou pensando no momento em abrir na Avenue, que facilita por ser de brasileiros, tem chat em português e auxilia na declaração IR. A segunda opção que estou considerando é a TD Ameritrade pelos baixos custos, zeraram taxa custódia, corretagem etc. O detalhe é que a burocracia para abrir a conta na segunda opção parece ser um pouco maior, pelo visto precisa de passaporte também. A terceira opção que estou analisando é a DriveWealth.

Uma opção interessante ao abrir conta no exterior é abrir conta conjunta, do tipo Joint Tenants With Rights of Survivorship (JTWROS), pode ser com esposa ou filho, que no caso de você falecer evita pagar um monte de impostos sobre herança e burocracias. 

Vou atualizar esse POST sempre que encontrar mais conteúdo interessante, e o dia em que eu começar a investir no exterior de fato, atualizarei, talvez com novos posts com passo a passo realizado, colocarei link aqui, pois tenho muito a aprender ainda.

 

Atualizações

2020-12-20: A DriveWealth não atende mais brasileiros, terceirizaram para a Avenue, e ela está com um plano novo sem custos, mas limita o número de negócios por mês, acho que esse plano é temporário e só válido para quem abrir conta ainda este ano, mas espero que eles estendam este prazo.

2021-07-01: O plano novo da Avenue sem custos tem data para acabar, então já não é tão sem custos assim, e eles também criaram uma taxa para transferências feitas fora do sistema deles, então para pequenos aportes, agora é mais vantagem fazer direto com eles. No caso de tentar transferir os ativos para outra corretora estão cobrando 75 dólares 👺

2022-01-01: A Avenue mudou de novo e deixou grátis até 3 ordens por mês. Pra mim ainda está bom.

2022-04-22: Neste momento acredito que a melhor forma de investir no exterior com pouco dinheiro é através dos ETFs listados por aqui, como exemplo IVVB11 ou WRLD11, que você compra através da sua própria corretora aqui no Brasil, sem custos de spread/etc, sem grande dificuldades com imposto de renda, e já vai estar muito bem diversificado.

2023-08-01: Pesquisando opções com menor spread, banco Inter tem menor custo, e pra quem investe direto lá fora, remessa online continua competitiva.

2023-11-10: Com as mudanças tributárias para investimentos no exterior, sugiro que aguardem um pouco mais pra ver como tudo vai funcionar em 2024/2025 e comecem a investir só depois que tudo estiver mais claro. No momento continuo acreditando que o melhor é IVVB11 ou WRLD11.


Postagens aqui do blog sobre o assunto:

  1. Abrir conta na Avenue - Primeiros Passos para Investir no Exterior
  2. Abrindo conta na TD Ameritrade
  3. Primeiro aporte no Exterior
  4. Primeiras compras no Exterior
  5. Breve Estudo IVV vs IVVB11
  6. Segundo aporte no Exterior
  7. Comparação Custo Conversão Dólar x Real na Wise, Inter, Avenue e Nomad

    # Ver Todas postagens com a tag Investir no Exterior

25 de novembro de 2019

Fato Relevante GGRC11 - Prisão dos Sócios da Gestora

Bom dia amigos!

Iniciamos a semana com essa notícia ruim para o fundo GGRC11, em fato relevante divulgado ontem, a administradora do fundo (CM Capital Markets) divulgou que alguns sócios da Gestora do Fundo (Supernova Capital Ltda) foram presos ou estão com mandados de prisão. Parece que estou revivendo as emoções que tive com o XPCM11 este ano.

Segue o fato relevante para leitura.
Clique pra ampliar
O leilão de abertura não foi tão tenso quanto o de XPCM11, por enquanto a queda está moderada, até porque em teoria, essa prisão não deve influenciar nos contratos e ativos do fundo, confira outro fato relevante divulgado no site da gestora:
A princípio tudo certo... será?
Se os gestores estiverem presos, a gestão será muito prejudicada, podendo acabar ficando dinheiro parado no fundo, ou coisa pior. Então eu acho que a administradora precisa contratar outra empresa para a fazer a gestão, o que eu acho mais provável que aconteça e acho que seria o melhor para a imagem do fundo. Nunca é bom confiar seu dinheiro para pessoas suspeitas fazerem a gestão, pior ainda se as fraudes forem comprovadas, aí você estaria dando seu dinheiro para um criminoso gerir.

Quedinha na abertura do mercado hoje, ficou uns 10 minutos em leilão.
https://br.tradingview.com/chart/?symbol=BMFBOVESPA%3AGGRC11
A operação foi notícia nos últimos dias, mas demorou um pouco para as pessoas saberem quem são os envolvidos e os motivos dos mandados de prisão, porque tudo segue em segredo de justiça. Fiz uma pesquisa rápida no Google pra ver os sócios da empresa, e se a informação que vi aqui estiver atualizada, os sócios que foram presos são os seguintes, sublinhado em azul:
Fonte: https://www.opopular.com.br/noticias/politica/veja-o-nome-dos-presos-da-opera%C3%A7%C3%A3o-m%C3%A1fia-das-fal%C3%AAncias-1.1938320

Pra quem quiser se tornar sócio deste fundo, pensando no longo prazo e esperando que mudem os gestores, com essa queda ficou bem mais atrativo. Eu vou aguardar mais alguns dias para ver no que vai dar antes de tomar qualquer decisão, nada de sair comprando como eu fiz da última vez, confira o post que fiz de pensamentos sobre Risco e Retorno em XPCM11, no qual ainda estou posicionado, também aguardando mais informações.

Fontes:

14 de novembro de 2019

Quando vender uma ação?

Olá a todos!

Hoje me deparei com um texto, que já havia lido alguns anos atrás, achei o link em outro blog que eu tinha, e resolvi que sempre é bom reler este texto quando pensar em vender uma ação, por isso vou copiar ele na íntegra aqui, de forma a ter acesso fácil e caso a página original sair do ar um dia, ainda poderei reler. 

Quando Vender e Quando Não Vender uma Ação?
Por Philip Fisher
Tradução e adaptação de SER

O livro Common Stocks Uncommon Profits surgiu inicialmente em 1958. Nele Philip apresenta a questão das ações de crescimento e explica as vantagens do método "scuttlebutt" para aprender sobre as companhias através de conversas com concorrentes, fornecedores e, particularmente, com ex-empregados. O livro está cheio de conselhos práticos para investidores individuais sobre o que fazer e o que não fazer. Neste texto, Fisher explica o que procurar numa candidata a investimento e identifica as únicas razões para se vender uma ação.

Existem várias razões pelas quais um investidor poderá resolver vender suas ações. Ele pode desejar adquirir uma casa nova ou financiar um negócio para seu filho. Qualquer uma de tantas outras razões similares, do ponto de vista de se conseguir um melhor padrão de vida, podem fazer com que a venda de ações seja uma escolha sensata. Mas o motivo para uma venda como essas é muito mais de caráter pessoal do que financeiro, e está muito além do propósito desse livro. Os comentários que faremos a seguir são relativos a um único objetivo obter o maior retorno em dólares sobre dólares investidos.

Existem três, e somente três razões para se vender uma ação. A primeira delas deveria ser óbvia para qualquer um. É quando cometemos um erro na compra original e torna-se cada vez mais claro que os bastidores daquela companhia são bem menos favoráveis do que pareciam inicialmente. A forma correta de lidar com este tipo de situação é uma questão tipicamente de autocontrole emocional. De certa forma, ela depende também da capacidade do investidor ser honesto consigo mesmo.

Duas das características mais importantes no investimento em ações são os grandes lucros que podem advir da manutenção dos papéis, e a habilidade e a capacidade de julgamento necessárias para fazer esta manutenção. Como o caminho para se obter esses lucros quase fantásticos é bastante complexo, não é de surpreender que devam ocorrer alguns erros durante o processo de compra. Felizmente, os lucros provenientes das verdadeiras ações superiores no longo-prazo mais do que compensam esses erros e ainda devem resultar uma enorme margem de ganhos. Isso é particularmente verdadeiro se reconhecemos o erro prontamente. Quando isso acontece, as perdas, se é que existirão algumas, deverão ser bem menores do que se conservássemos a ação por muito mais tempo. E o melhor de tudo, os fundos comprometidos nessa situação desagradável ficam livres para serem empregados em outra coisa quaisquer que, se selecionada corretamente, podem produzir ganhos substanciais.

Porém, existe um fator complicador que torna a insistência nos erros de investimentos ainda mais comuns. O ego de cada um de nós. Ninguém gosta de admitir para si mesmo que cometeu um erro. Se nós cometemos um erro comprando uma ação, mas ainda podemos revendê-la com algum lucro perdemos qualquer juízo de que estivemos errados. Por outro lado, se nós vendemos com algum prejuízo ficamos bastante desconfortáveis sobre o assunto. Esta reação, embora completamente normal e natural, é provavelmente, uma das mais perigosas pelas quais podemos passar em todo processo de investimento. É possível que os investidores percam mais dinheiro por manter uma ação que eles realmente não desejavam possuir até que "consigam ficar quites" do que por outra razão qualquer. Se somarmos a essas perdas os lucros que ainda poderiam ter sido ganhos através de um investimento apropriado logo que esse erro fosse descoberto, o custo da auto-indulgência passa a ser muito maior.

Ainda por cima, essa aversão em realizar qualquer perda, até mesmo uma pequena perda, é tão natural quanto é ilógica. Se o verdadeiro objetivo do investimento em ações é obter um lucro de algumas centenas percentuais em um determinado período de anos, a diferença resultante de uma perda de vamos dizer, 20 porcento, ou um lucro de 5 porcento é, comparativamente, insignificante. O que realmente fará diferença é se o lucro deixar de aparecer constantemente, aí às habilidades do investidor ou do seu consultor financeiro devem ser questionadas.

Da mesma forma que as perdas nunca deveriam causar um grande aborrecimento, não deveríamos também passar ilesos por elas. Essas perdas devem sempre ser revistas com cuidado para que possamos aprender com cada uma delas. Se os fatores que levaram a uma má avaliação na compra de uma ação forem bem compreendidos, é pouco provável que uma compra pobre seja efetuada novamente baseada nos mesmos quesitos de investimento.

Vamos agora a segunda razão pela qual uma ação deva ser vendida... Deveremos vender as ações de uma companhia sempre que, devido às mudanças causadas pelo passar do tempo, ela não mais se qualifique com o mesmo grau que possuía no momento da compra. É por isto que os investidores devem estar sempre alertas. Isso explica porquê é de suma importância nos mantermos sempre em contato direto com todos os assuntos relacionados com as ações que possuímos.

Existem normalmente dois motivos para que uma companhia se deteriore dessa forma. Ou houve má administração ou a companhia não tem mais as perspectivas de crescimento de mercado para seus produtos como tinha anteriormente. Algumas vezes a administração se deteriora porquê o sucesso afetou a cabeça de um ou mais executivos chaves. O excesso de confiança, a complacência ou a inércia substituíram a antiga motivação e ingenuidade. Normalmente, isso ocorre quando um novo time de executivos não avalia os negócios com os mesmos padrões e referenciais que seus antecessores. Ocorre também quando eles não se mantêm fiéis às políticas que fizeram daquela companhia uma vencedora, ou não possuem a habilidade para continuar adotando as mesmas políticas. Quando qualquer uma dessas coisas ocorrer, a ação afetada deverá ser vendida de uma vez só, independente das perspectivas gerais do mercado e do imposto de renda que tenha que ser pago sobre o lucro.

Da mesma forma, às vezes acontece que depois de um crescimento fenomenal por vários anos, a companhia atinja um estágio em que suas perspectivas de crescimento de mercado tenham se exaurido. Daí para frente ela passará crescer com a mesma taxa que o setor ou a economia. Essa mudança poderá ocorrer independentemente da deterioração da administração. Muitas administrações mostram grande habilidade em desenvolver produtos relacionados ou afins para tirar vantagem do crescimento no seu nicho de mercado. Embora elas reconheçam que não possuem qualquer vantagem adicional para entrar em outra esfera de atividade. Assim, se depois dela ter sido um expert em uma nova indústria em fase de crescimento, os tempos mudaram e os seus fatores econômicos vierem se exaurido de tal forma que as perspectivas de crescimento de mercado são ruins, ou se suas ações se deterioraram de uma forma muito acentuada em nosso teste dos quinze pontos, a ação deverá ser vendida.

Nessa ocasião, a venda poderá ser efetuada com mais segurança do que no caso de uma má administração ter assumido a companhia. Talvez, alguma parte desse investimento possa ser preservado até que se encontre um outro lugar mais atraente para investir. Embora, sob quaisquer circunstâncias, a companhia não deva mais ser considerada adequada para um novo investimento. Os ganhos de capital, não importam o tamanho, deverão sempre nos prevenir de transferirmos nossos recursos para um outro lugar em que, alguns anos adiante, possam voltar a crescer de forma similar ao investimento anterior.

Existe um bom teste para sabermos se uma companhia não se qualifica mais no quesito crescimento futuro. O investidor deve perguntar a si mesmo se no próximo pico do ciclo do negócio, independente do que possa acontecer nesse meio tempo, o lucro-por-ação (depois do recebimento de dividendos e splits, mas sem considerar as ações emitidas para obter novos recursos) irá mostrar, pelo menos, o mesmo crescimento a partir dos níveis atuais que ela obteve no último ciclo econômico. Se a resposta for sim, a ação provavelmente deverá ser mantida. Se for não, ela deve provavelmente ser vendida.

Mas, para aqueles que seguiram corretamente os princípios para fazer suas compras originais, surge a terceira razão para se vender uma ação, e esta deve ser apenas empregada se o investidor souber perfeitamente o que está fazendo. Ela parte do princípio de que as oportunidades de investimento são muito raras de serem encontradas. Pelo ponto de vista do timing elas normalmente acontecem quando os recursos para investimentos estiverem disponíveis. Se um investidor possuir fundos para investir por um bom período e encontrar novas oportunidades atrativas para investir esses recursos, ele poderá empregar parte, ou todo o montante em uma companhia bem administrada que ele acredite possuir boas perspectivas de crescimento. Embora seja possível que essas perspectivas de crescimento possam apresentar uma taxa de crescimento anual inferior a outros investimentos aos quais ele já se deparou anteriormente. Embora as companhias que ele já possui em carteira possam parecer menos atrativas em outros aspectos.

Se a situação é clara e evidente e o investidor se sente bastante confortável sobre a sua percepção, ele irá, mesmo tendo que pagar impostos sobre ganho de capital, trocar para o investimento que aparenta possuir as melhores perspectivas. Uma companhia que apresente uma taxa de crescimento média anual de 12% por um longo período de anos será uma fonte de grande satisfação financeira para seus proprietários. Embora a diferença entre esses resultados e aqueles que se pode esperar de uma outra companhia que a presente uma taxa de crescimento médio anual de 20% devem superar bastante os problemas adicionais da troca e o pagamento do imposto sobre ganho de capital decorrentes da operação.

Na tentativa de transferir seus recursos para um investimento ainda melhor, torna-se necessária uma palavra de precaução. Sempre haverá a possibilidade de que algum elemento dentro do cenário não tenha sido avaliado corretamente. Provavelmente, se isso ocorrer, o investimento não se transformará naquilo que você havia previsto. Em compensação, um investidor atento e que mantém uma ação por tempo considerável deve ser um bom conhecedor de suas melhores qualidades e também das menos desejáveis. Dessa forma, antes de vender um investimento satisfatório para tentar trocar por outro melhor ainda, é necessário estar bem atento para certificar-se de que todos os elementos da situação foram avaliados corretamente.

Nesse ponto, um leitor crítico e com boa capacidade de discernimento deve ter identificado um dos princípios básicos de investimentos, que parece ser bem conhecido de uma pequena minoria de investidores bem sucedidos. Ele diz que uma vez que uma ação seja escolhida corretamente e tenha passado ilesa pelo teste do tempo, somente em casos excepcionais existirá algum motivo para vendê-la. Só que a comunidade financeira emitirá pareceres e recomendações frequentemente dando uma série de motivos pelos quais deveríamos vender nossas ações superiores. O que dizer sobre a validade desses motivos?

As razões mais frequentes são a convicção de que haverá uma queda generalizada de grandes proporções logo adiante... Retardar a compra de ações atrativas por receio daquilo que poderá ocorrer se houver uma queda generalizada do mercado, tem, através dos anos, demonstrado ser uma atitude bem cara. Isto porquê o investidor está ignorando a forte influência de uma força, sobre a qual ele possui grande conhecimento, em detrimento de uma outra força menos poderosa que na qual, no estado atual do conhecimento humano, é apenas uma suposição. Se o argumento de que a compra de ações atrativas não deve ser influenciada pelo medo de um mercado de baixa é válido,na defesa do argumento contra a venda dessas ações nas mesmas condições ele é ainda mais relevante ainda... Além do mais, a chance de um investidor estar correto fazendo essas vendas é ainda menor pelo fato dele ainda ter ainda que pagar imposto de renda sobre os ganhos de capital. Os grandes lucros que essas ações superiores devem ter acumulado, caso tenham sido mantidas por um considerável período de anos, só farão com que o imposto sobre os ganhos de capital acentuam ainda mais o custo de se fazer essas vendas.

Existe ainda uma outra razão pela qual um investidor não deve vender uma ação superior porquê um mercado de baixa tem a possibilidade de ocorrer. Se a companhia é realmente a companhia certa, o próximo mercado de alta fará com que ação atinja um pico ainda superior ao anterior. Como o investidor iria saber quando comprar de volta? Teoricamente, depois do fundo ter ocorrido. Pressupondo que o ele teria como saber exatamente quando o mercado chegou ao fundo. Eu tenho visto muitos investidores venderem suas ações que vieram depois a apresentar um ganho excepcional nos anos seguintes simplesmente pelo simples receio da possibilidade de um mercado de baixa. Normalmente o mercado de baixa acaba não ocorrendo e a ação continua subindo. Eu não consegui ver até hoje um caso entre dez em que depois do término do mercado de baixa o investidor tenha realmente retornado as mesmas ações que possuía antes delas atingirem o valor pelo qual ele as vendeu. Normalmente, ele fica esperando que a ação volte a um valor bem abaixo daquele que ela caiu, ou, quando ela está caindo, o medo de que alguma outra coisa venha a acontecer evita que ele embarque novamente no papel.

Isso nos leva a uma outra linha de raciocínio muito empregada para que investidores bem intencionados, mas pouco sofisticados, percam grandes lucros no futuro. É o argumento de que se uma ação superior ficou sobre-avaliada e deveria ser vendida. Não existe lógica nisso? Se uma ação está sobre-avaliada, porquê não vendê-la ao invés de permanecer com ela?

Antes de chegarmos a conclusões erradas, vamos olhar um pouquinho abaixo da superfície. O que é sobre-avaliada? Aonde estamos querendo chegar? Qualquer ação superior será vendida, e realmente deveria ser, a um preço em relação aos lucros superior a de uma outra com potencial de expansão de lucros menor. Afinal de contas à possibilidade de participar do crescimento de lucros contínuo deve valer alguma coisa. Quando dizemos que uma ação está sobre-avaliada, nós podemos estar querendo dizer que ela está sendo vendida a um índice acima daquilo que nós acreditamos que deveria ser o seu poder de crescimento de lucros no futuro. Possivelmente podemos estar querendo dizer que ela está sendo vendida a um índice superior a outras ações de companhias com perspectivas similares de aumentar substancialmente seus lucros futuros.

Tudo isso é uma tentativa de medir alguma coisa com um nível de precisão maior do que é realmente possível. O investidor não poderá dizer exatamente quanto será o lucro por ação de uma companhia daqui a dois anos. Ele pode, na melhor das hipóteses, avaliar isso genericamente dentro de parâmetros não matemáticos tais como vai ser mais ou menos a mesma coisa, vai subir um pouquinho, vai subir muito, ou vai subir pra caramba. De uma forma geral, nem mesmo a alta administração da companhia poderá prever um número com maior precisão do que essa. Nem eles nem os investidores são capazes de dizer com a mínima segurança se haverá um aumento considerável de lucros daqui a alguns anos. Saber quanto ela vai crescer, ou em que ano exatamente isso irá ocorrer, normalmente envolve fazer suposições sobre diversas variáveis que tornam previsões precisas impossíveis.

Baseado nessas circunstâncias como alguém poderá dizer, mesmo com a mínima precisão, o que é sobre-avaliado para uma companhia superior com uma taxa de crescimento excepcional? Suponha que ao invés de ser vendida a 25x seu lucro, como normalmente ocorre, a companhia esteja agora avaliada a 35x seus lucros. Talvez, em um futuro próximo, existam novos produtos de uma grande importância que a comunidade econômica possa ainda não ter se apercebido. Talvez nem haja qualquer desses produtos. Se a taxa de crescimento de lucros for tão boa de forma que daqui a dez anos a companhia possa muito bem ter quadruplicado, é realmente de grande importância se a companhia está, ou não está sobre-avaliada de 35%? O que realmente importa é não perturbar uma posição econômica que irá valer muito mais daqui a algum tempo.

Novamente, nosso velho amigo, o imposto sobre ganho de capitais, acrescenta um pouco mais a essas conclusões. Ações de crescimento que são recomendadas para a venda somente porquê estão supostamente sobre-avaliadas normalmente custarão aos seus proprietários porções consideráveis em termos de ganhos de capital. Ainda devemos adicionar a isso o risco de perdermos uma posição permanente em uma companhia que através dos anos deve continuar a apresentar mais lucros além de conseguirmos uma postergação de impostos. Não é muito mais seguro e mais barato simplesmente nos convencermos que a companhia está moderadamente precificada um pouco à frente no tempo? Nós já temos um lucro considerável em cima dela. Se ocasionalmente a ação perder, vamos dizer, 35% de sua cotação atual no mercado, isso é realmente um problema de verdadeira relevância? Novamente, não é a manutenção de nossa posição ao invés de uma perda temporária de nossos ganhos de capital o que realmente importa?

Existe ainda um outro argumento que alguns investidores normalmente empregam para impedir que eles consigam auferir os lucros que tinham potencial para conseguir. Esse então é o mais ridículo de todos. É que a ação que eles possuem já fez um grande avanço. E, se ela já subiu bastante, deverá provavelmente ter perdido a maior parte do seu potencial. Consequentemente, eles devem vender este papel e comprar outro que ainda não subiu tanto ainda. Companhias superiores, que são o único tipo de companhias que acredito que os investidores deveriam comprar, não funcionam dessa maneira. A forma como funcionam será mais bem compreendida pela interessante analogia abaixo.

Analogia com Estudantes para Justificar Manter Empresa em Carteira

Vamos supor que um dia você se gradue no científico. Se você não fez o científico, considere que esta seja a sua formatura de ginásio; no ponto de vista do nosso exemplo isso não fará a menor diferença. Suponha então que no dia da sua formatura todos os meninos da sua sala possuam uma necessidade urgente de dinheiro. Todos eles propõem a você o mesmo trato. Se você der a qualquer um deles a soma equivalente a dez vezes o salário que cada um deles ganharia nos primeiros 12 meses de trabalho, esse aluno retornaria para você um quarto de seus ganhos anuais pelo resto de suas vidas! Finalmente, vamos supor que, embora você ache essa uma excelente proposta, você só tem dinheiro suficiente para fechar acordo com três dos seus colegas de turma.

Nesse ponto seu raciocínio de investidor deve estar correlacionando isso vagamente aos bons princípios de investimento empregados para a escolha de ações. Você então começaria a analisar cada um de seus colegas de turma não pelo ponto de vista das amizades, mas apenas sobre o ponto de vista de quanto dinheiro eles teriam potencial de fazer no futuro. Se você fizer parte de uma classe grande, provavelmente irá eliminar aqueles que você não conhece bem suficientemente, para que possa efetuar um julgamento razoável de como eles estarão financeiramente daqui a alguns anos. Novamente a analogia com a compra de ações ronda por perto.

Você logicamente escolherá três dos seus colegas que você tem o pressentimento que terão o maior potencial para obterem alta lucratividade no futuro. Você fecha um acordo com eles. Dez anos se passaram. Um de seus três colegas se saiu extremamente bem. Foi trabalhar em uma grande companhia, e recebeu uma promoção atrás da outra. Alguns insiders dentro dessa companhia vem dizendo que ele tem grandes chances de obter o maior cargo dentro da firma nos próximos dez anos porquê o presidente da empresa está de olho nele. Ele terá direito a grandes bônus anuais, opções sobre ações e benefícios de previdência que acompanham o cargo.

Nessas circunstâncias o que estarão dizendo os analistas de mercado? Realize o lucro logo porquê a ação subiu mais que o resto do mercado? Você pensaria em vender esse contrato simplesmente porquê alguém lhe ofereceu 600% acima do valor que você pagou a esse antigo colega de turma? Você não acredita que alguém que tenha aconselhado você a vender esse contrato e trocá-lo por outro de um antigo colega que ainda está ganhando a mesma coisa de dez anos atrás quando ele largou o científico, deva fazer um exame mental o mais rápido possível? O argumento de que seu colega bem sucedido já subiu bastante enquanto o outro colega não tão bem sucedido (financeiramente) ainda não subiu vai parecer bastante idiota para você. Se você, da mesma forma, conhecer bem suas ações, muitos dos argumentos ouvidos sobre a venda de ações superiores irão se parecer igualmente tolos.

Você poderá até estar pensando que tudo isso soa correto, mas colegas de turma não são ações. Para dizer a verdade, existe uma grande diferença. De fato, esta diferença aumenta mais ainda o motivo pelo qual nunca devemos vender uma ação superior simplesmente porquê ela subiu bastante e estar aparentando temporariamente sobre-avaliada. A diferença é que o seu colega de turma é finito, e poderá morrer logo e, certamente, acabará morrendo um dia. Não existe nenhuma similaridade com ações. As companhias por trás desse papel podem possuir a prática de selecionar seus talentos administrativos com profundidade e treiná-los nas políticas da companhia, métodos e técnicas de forma que ela consiga reter e passar o vigor corporativo por várias gerações. Veja o caso da Du Pont em seu segundo século de existência corporativa. Veja a Dow Chemical anos depois da morte de seu brilhante fundador. Nessa era de necessidades humanas ilimitadas e de mercados deslumbrantes, não existem limitações para o crescimento corporativo como existe na vida de um indivíduo.

Os pensamentos por detrás desse capítulo talvez possam ser resumidos em uma única frase:

Se o trabalho foi bem feito quando uma ação foi comprada, 
a melhor hora para vender será quase nunca.

Este texto é uma adaptação do livro Ações comuns Lucros extraordinários de Philip Fisher, publicado originalmente no Site Fundamentus, que está nos links úteis do menu lateral: http://www.fundamentus.com.br/pagina_do_ser/Quandovender.htm

A pirâmide da previdência

Olá!
Estado Rio Grande do Sul (2018)

Nos últimos anos todos acompanhamos as notícias sobre a Previdência, em 2019 em especial, com a Reforma que foi realizada e discutida durante praticamente todo o ano, muitas mudanças foram feitas para adiar a falência do sistema. 

Outro assunto que foi bastante noticiado em 2019, foi as diversas pirâmides financeiras, esquemas fraudulentos que enganam as pessoas com promessas de lucros rápidos ou altos rendimentos, mas para isso você precisa convidar mais pessoas para entrar no esquema.

Enquanto eu tomava meu café e pensava sobre esses assuntos, me veio um pensamento, a nossa previdência é muito parecida com um esquema de pirâmide financeira, confira algumas características em comum:

  • A renda dos aposentados (topo da pirâmide) depende do recrutamento de novos trabalhadores assalariados que pagam um percentual para os que estão no topo.
  • Os que entram primeiro pouco precisam contribuir, porque não existem ou são poucos os beneficiados com o esquema.
  • A tendência é que só os primeiros que entraram tenham alguma renda real, os últimos que entram, apenas pagam e no final pouco recebem, ou no caso de falência do esquema, não recebem nada.

Eu acredito que as pessoas que idealizaram a nossa previdência, não previram as mudanças demográficas que causariam todos estes problemas que estamos enfrentando hoje, pegando como exemplo o estado do Rio Grande do Sul, vemos os servidores públicos recebendo salário parcelado a meses, isso porque o estado não tem mais dinheiro, sendo um dos problemas o fato de que no RS, já existem mais aposentados do que servidores em ativa.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2018/07/inativos-ja-sao-554-da-folha-de-servidores-do-rs-cjj3j1hdk0l7g01qo9tbayvp3.html

Isso aconteceu devido ao fato de que com a evolução da medicina, conseguimos contornar a maioria dos problemas (doenças) que causavam a morte prematura, tornando possível que nós vivamos o máximo potencial de nossas vidas, confira abaixo dados sobre expectativa de vida no mundo.


A 120 anos atrás a expectativa de vida no Brasil era de apenas 40 anos, agora chega perto de 80, e esse aumento é muito bom, eu quero viver o máximo da minha vida e imagino que você também.

Agora imaginem que a medicina vai continuar evoluindo a um ritmo cada vez mais rápido devido a novas tecnologias, aumentando continuamente a expectativa de vida, além disso, já existem diversos estudos que mostram que a população brasileira vai começar a reduzir em 2042, e vemos na prática que as famílias tem menos filhos atualmente. 

Como vai ficar esse sistema onde os filhos pagam a aposentadoria dos pais e avós? Será que 14% do salário dos filhos será suficiente? Um filho pagando para 2 pais e 4 avós? Impossível. Só me resta supor que ou o governo vai imprimir muito dinheiro para pagar essa conta, gerando inflação e impossibilitando investimentos, ou esse sistema irá falir e eventualmente deixar de existir.

Alguns podem achar que isso nunca vai acontecer, outros preferem nem pensar nisso, mas nós temos a obrigação de ficarmos atentos e nos preparar para não precisar trabalhar até morrer ou aumentar a carga dos nossos filhos e netos, depois não digam que não avisei! 

Abraços!

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