Primeiro Aporte no Exterior

Olá a todos, finalmente mandei uma grana pro exterior!

Continuando a série de posts sobre investir no exterior, depois de 5 semanas sem receber a carta com a senha/PIN da TDA, ontem tentei ligar e só dava mensagem que todas as linhas estavam ocupadas, então decidi começar os investimentos com a Avenue, que tem o suporte em português e foi muito fácil abrir a conta, conforme este post. Eu ainda tenho o Plano de Corretagem Zero até Out 2021, vou aproveitar isso para alguns aportes iniciais, e mais pra frente analiso se ainda vale a pena.

Para enviar o dinheiro eu fiz um PIX e em poucos minutos o dinheiro apareceu na conta, então fui no menu câmbio e já converti o dinheiro para dólares, eu selecionei a opção de D+1 que tinha uma taxa menor, ainda assim, o preço do dólar no aplicativo para enviar o dinheiro ficou R$ 5,35 por dólar, fazendo a divisão do que enviei pelo que recebi. Eu transferi R$ 10 mil reais, e isso virou U$ 1.867,46 dólares. 

Dólar ontem a 5,22, mas na corretora é R$ 5,35

Agora eu fiz uma simulação de trazer o dinheiro de volta para o Brasil, só pra ver a diferença, ou quanto se perde em taxas, e a diferença é bem razoável, receberia R$ 9.510,92 de volta, uma perda de 4,9% entre custos de envio e resgate, é bom ter isso em mente antes de começar investir no exterior, acredito que na média, isso representa uns 9 meses de rentabilidade em renda variável, ou uns 2 anos de renda fixa americana, e lembrando que se trazer de volta nosso governo ainda vai querer uma fatia dos lucros.

E na hora de trazer de volta o dólar foi pra R$ 5,11

Esse é o custo de tirar o dinheiro do Brasil e trazer de volta pela Avenue hoje. Talvez o melhor seja nunca trazer de volta mesmo, arrumar uma conta no exterior com cartão internacional pode ser uma alternativa, mas tenho que aprender fazer isso ainda. Ou ainda investir direto no IVVB11 ou BDRs.

Bom, agora que transferi o dinheiro para lá, a vontade de comprar ações da Coca-cola, Google, Microsoft, Visa, Johnson&Johnson e tantas outras empresas famosas é enorme, mas a minha ideia é ir de ETF mesmo, é a forma mais chata de se investir, mas pelos estudos, ainda é a melhor forma para o pequeno investidor, e nessa hora é melhor ser racional.

Apesar de parecer simples investir em ETFs, no mercado americano tem tantas opções que o negócio começou a ficar complexo. Alguns estudos que fiz, com otimizações de portfólios, o que gerou mais resultado com uma volatilidade menor foi misturar títulos de renda fixa de longo prazo com as ações, como apresentei nesse post, mas olhando alguns fatores que levaram a esse bom resultado nos últimos anos, foi a queda da taxa de juros de longo prazo, com a marcação a mercado os títulos renderam muito bem, mas neste exato momento isso está se invertendo nos Estados Unidos, eles começaram um movimento de alta nas taxas, então pode ser que essa estratégia não continue funcionando tão bem nos próximos anos.

Dado este cenário, vou ter um começo bem tímido e cauteloso, pensei em adicionar nessa estratégia os títulos de curto prazo, chamados de "livre de risco", para o caso de esse aumento nas taxas impactarem muito negativamente as ações e títulos longos, quando rebalancear a carteira espero ter um resultado melhor. 

A título de curiosidade, é interessante saber que a renda fixa americana tem alguns nomes para cada prazo:

  • Bills tem prazo de um ano ou menos;
  • Notes tem prazo de 2 a 10 anos;
  • Bonds tem prazo de vencimento de 10 a 30 anos.

Eu andei olhando algumas opções de curto, médio e longo prazo, e trouxe um gráfico comparativo de alguns, SHY curto prazo, TLT longo prazo, SCHP que é de títulos com proteção a inflação, como o ETF TIP, mas com taxas menores.

Fonte: https://www.etf.com/SHY

Os de longo prazo como já comentei tem essa volatilidade bem alta, e por ter correlação inversa com as ações funciona bem para reduzir a volatilidade, mas pensando no cenário de alta dos juros/inflação, estou adicionando nos estudos o SCHP. Também no lugar de TLT tem o VGLT com taxas menores.

Bom pessoal, pra não deixar o post muito longo, vou encerrar por aqui. Assim que tiver feito as compras eu posto aqui pra mostrar a carteira do exterior, agora vou estudar mais um pouco.

Até o futuro!

16 comentários:

  1. Bem vindo ao exterior, Billions
    Vendas de etf, stocks e reits até R$ 35 mil/mês são isentas de IR. Ao trazer dinheiro pro Brasil vc não paga nada pro governo brasileiro. Não incide IOF. Vc terá custos das taxas da corretora e de remessa.

    Renda fixa americana dei uma olhada por cima e não me empolguei. Prefiro investir direto no Tesouro Direto mesmo, pois aqui temos taxa de juros mais altas que são corrigidos pela inflação ao longo do tempo.

    Mercado americano é mais interessante investir em renda variável.

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    1. Olá GI, obrigado pelas informações! :)

      Mas na corretora Avenue eles cobram o IOF, pelo menos apareceu ali no print quando fui na página de converter o dinheiro de volta pra real...

      Eu quero ter 50%/50% lá fora também, a mesma estratégia que já tenho aqui, só que aqui no Brasil eu acabei aportando muito mais em RV do que RF nos últimos meses, agora com aumento dos juros estão surgindo algumas oportunidades, a marcação a mercado vai fazer os preços do tesouro direto cair.

      Eu acabei de fazer as compras, depois de analisar diversas opções de ETFs acabei comprando VOO, VGLT e SCHP, a maior parte em renda fixa, aguardando o VOO retornar a média pra balancear melhor.

      Abraços

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  2. Vai de VOO, QQQ, VNQ, etc. Não inventa a roda, foco no aporte!

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    1. Certo Sr Ministro! VOO já está na lista, os outros 2 estavam também, mas resolvi simplificar e deixar apenas VOO mesmo, no passado o que rendeu mais desses 3 foi o QQQ, mas ele é bem concentrado em tecnologia, o VOO é mais neutro. Abs

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  3. Fala Bilionário!

    Eu tenho o SHY. A ideia é ele servir como caixa, o que difere da sua estratégia.
    Minha carteira nos eua hoje está assim;

    shy
    vti
    schd

    mais uns reits que não me desfiz ainda. Eu já investi em ativos individuais e é mais "empolgante" mesmo rs. Mas investimento não tem que ter emoção, tem que ser chato. Além do mais, ficar analisando balanço de ações, fiis, reits, stocks é muita coisa. Melhor simplificar mesmo.

    Eu vou estudar etfs de reits. Dai decido se fico apenas com os três etfs (shy, vti e schd) ou eles e mais o etf de reit.

    Vamos ver

    Abraço!

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    1. Boa sua carteira, eu pensei no SHY também, mas acabei pegando outro que rende um pouco mais, mas está boa sua carteira. Eu pensei de pegar VNQ para REITs, mas por enquanto ainda não comprei. Abs

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    2. Acabei dando uma pesquisada nesse SCHD que não conhecia ainda, bem interessante, focado em dividendos :)

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  4. Bilionário
    Também tô nessa de ETFs no exterior. O bom de investir diretamente lá fora é que se der algum BO aqui no Brasil, que impeça saque, vc não será impactado.
    abrc

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  5. Olá, Billions!

    Parabéns pelo 1º aporte no exterior 👏.

    Se não me engano, a Avenue começou oferecer serviços de banking e conta corrente para clientes que já possuem conta de investimentos.

    👉 https://avenue.us/banking/


    Sucesso garoto

    Abraço

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    1. Bah, que top, aí já não preciso mais trazer o dinheiro de volta, economiza 2,5% :)
      Abs

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  6. Estou me preparando para investir no exterior e provavelmente o farei até o final de Setembro, por isso acho sua jornada muito interessante para que eu possa me preparar e confesso que seus relatos já me fizeram refletir sobre muitos tópicos que estavam fora do radar.

    Minha preocupação em ter que lidar com uma corretora 100% gringa é ter que precisar do suporte e acabar sofrendo com a limitação do idioma, por isso acredito que vou ir de Avenue.

    Agora esse spread da Avenue realmente me assuntou, caramba que diferença gritante. Eu confesso que não tinha olhado no detalhe, mas eu esperava algo na faixa de 2% a 3% no máximo entre o processo de enviar e repatriar o dinheiro. Apesar disso acredito que com a concorrência aumentando a tendência é que isso mude com o passar do tempo. É até estranho grandes conglomerados como XP, BTG ou um dos Bancões não estarem apostando em corretoras no exterior para brasileiros.

    Confesso que sempre tive preconceito com Renda Fixa dos EUA, pois sempre me pareceu que ela entregava uma rentabilidade muito baixa, mas acredito que é preciso analisar a possibilidade de ganhar com exposição em inflação.

    Também quero focar em ETFs, tendo em vista a dificuldade que sinto em entender o funcionamento da economia americana ao ponto de arriscar o investimento em um papel individual. O que quero buscar é evitar a fragmentação da carteira em muitos papéis, acho que lá fora no máximo 5 ativos seria o adequado.

    Uma última dúvida: você mencionou a isenção até Outubro/21 de corretagem na Avenue, pela minha pesquisa eles entregavam um pacote com 10 corretagens mensais grátis, você usa esse pacote? Ele tem prazo de validade?

    Abraços,
    Pi

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    1. Olá Pi, em relação ao plano de corretagem, sim, em Outubro esse plano de 10 corretagens grátis chegará ao fim, mas eu não sei se farei novos aportes no exterior ainda esse ano, só se o dólar cair muito mais.

      Hoje eu recebi uma carta da TDA, pensei que era o PIN, mas não, era uma carta dizendo que meu endereço foi alterado e que se estava certo não precisava fazer nada :( eu acho que esqueceram de enviar meu PIN kkk

      Em relação a renda fixa americana, não rende quase nada mesmo, mas só pelo fato de ter o dinheiro em um país com baixa inflação, a gente já protege o dinheiro, então eu penso que qualquer rendimento vai ser interessante.

      Eu vou deixar dinheiro em ETFs de renda fixa para reduzir a volatilidade da carteira e evitar de investir tudo em um topo histórico da bolsa e depois ver o capital cair muito forte caso surja uma nova crise, apesar de ser pouco dinheiro, tenho cautela desde o começo :)

      Abs

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  7. Interessante seu relato Bilionario. Principalmente o alerta sobre as taxas, praticamente 5% de taxa é bem pesadinho mesmo.

    Eu não sei, cada um com seu objetivo, mas achei muito cedo para você investir no exterior. Óbvio que temos que começar. Mas você é bem pequeno ainda para esse tipo de diversificação.

    Acho que EUA é para quem está buscando segurança e garantir capital, não tem muito oque querer garantir quando se tem menos de 1mi.

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    1. Sim Peão, na verdade o meu objetivo principal é o aprendizado neste momento, e também deixar uma grana fora do Brasil porque sinceramente, quando vejo as notícias sempre me desanimo um pouco com o rumo que estamos indo, mas com sorte nosso país não vai quebrar tão cedo. Abs

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    2. Peão, eu discordo de você quanto a ter investimentos no exterior somente após um número x.

      eu acredito que devemos formar desde o inicio uma carteira em moeda forte (no caso dólar, euro dá mais trabalho) para nos protegermos e também ganharmos com valorização.

      Minha carteira de 2019 até hoje (montei em 2016, mas não tenho os rendimentos de lá até hoje) rendeu cerca de 72% (dólar + valo dos ativos)

      de 2019 até hoje aqui no brasil, o Ibov não passa dos 30%.

      Assim, entendo que estou pegando um curtíssimo período. Mesmo assim, não deixaria de estudar a possibilidade logo de inicio dos investimentos.

      Além de proteção contra nosso pais, de quebra podemos ver uma diminuição da volatilidade (depende do cenário)

      Enfim, vale estudar!

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Fique a vontade para contribuir com suas ideias ou dúvidas. Obrigado!

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