Fechamento 75: R$ 193.957,39

Olá galera!

Notícias de Junho: um mês de tensão, ajustes e reflexões

Chegamos à metade de 2025 com um cenário internacional conturbado. O conflito de 12 dias entre Irã e Israel gerou preocupação global — e pessoalmente fiquei apreensivo, especialmente quando o Brasil decidiu se posicionar a favor do Irã, país com histórico de envolvimento em ações terroristas. Foi uma postura diplomática controversa, que talvez pudesse ter sido evitada. Felizmente, o cessar-fogo foi aceito antes que houvesse uma escalada mais grave.

Charge by chatGPT
No campo econômico, a taxa Selic atingiu 15%, e a inflação segue pressionada, ultrapassando o teto da meta por seis meses consecutivos. Como determina a legislação, o Banco Central terá que enviar uma carta explicativa ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até o dia 10 de julho. A carta do ano passado culpava o crescimento econômico, o câmbio, o clima e a inércia inflacionária. Mas agora, com o dólar recuando (R$ 5,43 atualmente), será curioso ver qual será a justificativa de 2025. Será que vão admitir falhas da política fiscal? Independentemente disso, a inflação tem sido um desafio global — algo que até a charge que pedi ao ChatGPT ilustrou de forma perspicaz. 

Em outro episódio curioso, o IBGE publicou um mapa com erros na localização de estados brasileiros. O equívoco foi corrigido rapidamente, mas gerou críticas e piadas nas redes sociais, afetando a credibilidade do instituto. No entanto, os dados de migração revelam tendências interessantes: estados como Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais têm recebido um volume crescente de novos moradores. Talvez seja um sinal de oportunidade para investidores atentos às empresas que atuam nessas regiões.

Por fim, o Brasil apresenta uma taxa de desemprego historicamente baixa. Com a redução da taxa de natalidade e o envelhecimento da população, a tendência é de escassez de mão de obra nos próximos anos. Nesse cenário, a automação pode deixar de ser vista como inimiga dos empregos e passar a ser uma solução. Robôs poderão ajudar especialmente no cuidado com os idosos — um desafio que minha geração certamente enfrentará. Só espero que caprichem na programação: não quero ser vítima de um erro na dosagem da força! 😅 

 

Fechamento da Carteira - Rentabilidade 

Consegui voltar na minha meta, o acumulado alcançou R$ 193,957,39 com uma rentabilidade de 1,81% pela minha planilha. O aporte foi acima da meta (3k), totalizando R$ 4.999,45, isso serviu pra compensar os aportes menores de janeiro e abril, ficando com uma média de aportes R$ 3.098,14 agora.
 
 

 
No status invest, apenas exterior negativo, devido a desvalorização do dólar

 

Negócios realizados

Reinvesti os dividendos dos FIIs, comprei 2 cotas do XPML11 por 102,40 cada. 
Apliquei R$ 1.999,45 no Tesouro Educa+2041, que no dia 13/06/2025 estava pagando IPCA+7,11%.
Apliquei R$ 3.000,00 no RDB NUBANK que rende 120% do CDI no dia 05/06/2025.

Diversificação e Carteira

Após aplicações e rendimentos, o percentual de renda fixa e reservas em dinheiro aumentaram levemente, reduzindo o percentual de FIIs, ações e investimentos no exterior.
 

Fundos de Investimento Imobiliário

Após o recente estudo de FOFs, sigo sem movimentar essa parte da carteira, só acompanhando, meio de longe, sem grandes aportes significativos. 
 

Neste segmento, estou considerando vender FIIs de papel para realocar os recursos em um FoF ou FI-INFRA que esteja sendo negociado com um bom desconto. Ainda estou avaliando se farei esse movimento nos próximos meses. Um ponto de atenção é a MPV 1303/2025, que pretende eliminar a isenção de imposto para diversos segmentos. Caso essa medida avance, pode deixar de fazer sentido investir em FI-INFRA, ou pelo menos reduzir significativamente sua atratividade.
 

Ações (empresas do Brasil)

Gostaria de comprar mais, mas já estou no limite do que me planejei.

 
 
A minha tabela/gráfico de balanceamento de ações, fazia tempo que não postava aqui no blog.
 
 

Esses dias perdi uma boa oportunidade de vender Ambev com um pequeno lucro. Fui ganancioso — confesso. Fiquei esperando que a cotação se aproximasse da “linha do lucro” naquele gráfico de preço vs. lucro (P/L). Na minha cabeça, os R$ 18,00 seriam o ponto ideal para sair da posição com “justiça técnica”. Mas o mercado, como sempre, ignorou meus planos. Ainda não descartei vender, mas adiei a decisão.

Nada contra a Ambev em si — é uma empresa sólida — mas hoje enxergo outras opções com mais potencial. E segurar um ativo apenas por apego ao preço-alvo é uma armadilha comum, que pode custar caro.

O caso das Lojas Quero-Quero é parecido. A posição já se tornou praticamente irrelevante na minha carteira, mas continuo esperando uma “melhora” para vender. No fundo, sei que isso é um erro. Esse hábito de aguardar o mercado “me devolver” um preço mais simpático é emocional, não racional.

Fica aqui o alerta: não repita esse comportamento em casa. Se a tese perdeu sentido ou se há oportunidades melhores, talvez o melhor movimento não seja esperar — mas agir.

Investimentos no Exterior (ETFs americanos em dólar)


Aproveitando a queda recente do dólar, este mês vou destinar metade do aporte para o exterior, estou pensando em investir mais no ETF XLRE, do mercado imobiliário americano. 

 

Estou pensando em trocar o ETF SCHP – que aplica em títulos TIPS (proteção contra inflação, com vencimento curto, similar ao Tesouro IPCA) – pelo ETF VGLT, que investe em títulos da dívida americana de longo prazo, com duração média de cerca de 16 anos. Embora seja justamente nesse segmento que tenho registrado prejuízos no exterior, é também onde a valorização pode ser mais forte — por exigir uma queda nas taxas para subir.

Minha expectativa? Quando o Fed reduzir as taxas, o VGLT deve se valorizar com força, já que títulos de longo prazo reagem mais intensamente a esses movimentos . O timing exato é incerto — pode ser ainda este ano ou talvez só no próximo — mas, pelo cenário macro que tenho visto, a tendência é de queda dos juros.

 
 
VGLT nos últimos 5 anos

Este artigo da Vanguard comenta sobre possíveis cortes nas taxas pelo Fed: "Os recentes desdobramentos tarifários devem atenuar a gravidade dos desafios ao duplo mandato do Federal Reserve (Fed), que consiste em garantir a estabilidade de preços e apoiar o emprego sustentável máximo. Continuamos prevendo dois cortes de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros pelo Fed no segundo semestre. O Fed terá espaço para ser paciente com os cortes nas taxas de juros se o mercado de trabalho permanecer resiliente.". 
 
Até o futuro! 

3 comentários:

  1. Sem ajuste fiscal, pode subir a SELIC para 30% que não vai adiantar.
    Curioso em como será a campanha de 2026, já que picanha e andar de avião não aconteceram, quais serão as promessas? Voltar a comer ovo e tomar café?
    Abraços.

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    Respostas
    1. Alguma bobagem parecida, provavelmente. Estou é torcendo por novos candidatos, estes que estão por aí são mais sujos que pau de galinheiro. Abs

      Excluir
    2. Campanha de 2026: Ninguem deveria querer ser presidente. País quebrado se dinheiro pra nada com 99.9% do orçamento comprometido, sem margem pra aumentar impostos..torcendo pra direita não querer essa bomba senão é mais 20 anos de PT depois disso

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