Olá pessoal!
Lembram dos meus estudos sobre FI-INFRA, o primeiro resumo, a atualização de 2024, e agora resolvi terceirizar o serviço do estudo para IA Gemini, o prompt foi o seguinte:
Atue como uma analista de valores mobiliários, e faça uma pesquisa dos FI-INFRA listados na bolsa de valores brasileira. Busque os principais indicadores de cada FIINFRA e crie um estudo trazendo as principais informações de cada fundo, crie também uma tabela comparativa com as seguintes informações: Código de listagem; Administrador do fundo; Gestor do fundo; taxa de administração; taxa de performance; valor do patrimônio líquido do fundo; o valor patrimonial por cota; o valor da cota no mercado no dia de hoje; o preço/valor patrimonial (P/VP); a variação da cota no mercado nos últimos 12 meses; o valor distribuído em dividendos nos últimos 12 meses; o dividend Yield; a liquidez média diária (valor negociado); Data de Início do Fundo; Quantidade de Cotistas.
Pode obter a lista de FI-infra listados em https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/fundos-de-investimentos/fi-infra/fi-infra-listados/
Remova do estudo Fundos que tiverem menos de 12 meses.
Pode pesquisar informações atualizadas em publicações nas páginas oficiais de cada fundo, exemplos de páginas oficias:
https://www.btgpactual.com/asset-management/fundos-listados/BDIF11
https://www.interasset.com.br/fundos-renda-fixa/bidb11-inter-infra-fic
https://bocainacapital.com/bodb11/
https://www.sparta.com.br/sparta-cdii11/
https://capitaniainfra.com.br/cpti11/
https://www.itauassetmanagement.com.br/fundos/credito/ifra11/
https://www.sparta.com.br/sparta-fi-infra/
https://www.kinea.com.br/fundos/infra-kdif11/
https://www.nuasset.nu/fundos/nuif11/
https://nikosgestao.com.br/fundos-ogin11/
https://www.riobravo.com.br/fundos/rio-bravo-esg-fic-fi-infra/
Abaixo o resultado textual:
Estudo Comparativo de Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-INFRA) Listados na B3
1. Resumo Executivo
Este estudo apresenta uma análise detalhada dos Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-INFRA) listados na B3, focando em seus principais indicadores e características. A pesquisa revela um setor em crescimento, impulsionado por incentivos fiscais e pela demanda por investimentos em infraestrutura no Brasil. Observa-se uma diversidade nos perfis dos fundos, com variações significativas em termos de patrimônio líquido, liquidez, rentabilidade e custos de gestão. Muitos dos fundos analisados são negociados com um desconto em relação ao seu valor patrimonial por cota, o que pode sinalizar oportunidades para investidores, embora exija uma análise aprofundada das razões subjacentes a esses descontos. A dominância de grandes instituições financeiras na administração desses fundos sugere uma expertise consolidada no setor, mas também aponta para uma concentração de mercado. A disponibilidade de dados completos e consistentes, especialmente em relação ao número de cotistas, representa um desafio, reforçando a necessidade de diligência contínua por parte dos investidores.
2. Introdução aos FI-INFRA na B3
Contextualização dos Fundos de Investimento em Infraestrutura no Mercado Brasileiro
Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-INFRA) são veículos de investimento criados para canalizar recursos para projetos de infraestrutura no Brasil. Esses fundos são estruturados para investir principalmente em debêntures incentivadas, que são títulos de dívida emitidos por empresas do setor de infraestrutura para financiar projetos considerados prioritários pelo governo. Uma das principais características e atrativos dos FI-INFRA é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos e ganhos de capital para pessoas físicas, conforme a Lei 12.431/2011.
O papel dos FI-INFRA é fundamental para o desenvolvimento nacional, pois permitem que investidores participem do financiamento de setores críticos como energia (geração e transmissão), transporte (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos), saneamento e telecomunicações. Ao serem listados na B3, esses fundos oferecem aos investidores a possibilidade de negociar suas cotas no mercado secundário, conferindo-lhes um nível de liquidez que nem sempre é encontrado em investimentos diretos em projetos de infraestrutura. Essa combinação de incentivo fiscal, potencial de retorno e liquidez os torna uma opção interessante para a diversificação de portfólio.
Objetivo e Escopo do Presente Estudo
O objetivo central deste estudo é realizar uma pesquisa abrangente e uma análise comparativa dos principais indicadores dos FI-INFRA listados na bolsa de valores brasileira. A intenção é fornecer um panorama claro e informações cruciais sobre cada fundo, permitindo que os investidores tomem decisões mais informadas. O estudo abrange uma série de métricas financeiras e operacionais, incluindo código de listagem, administrador e gestor do fundo, taxas de administração e performance, valor do patrimônio líquido e patrimonial por cota, valor da cota no mercado, relação Preço/Valor Patrimonial (P/VP), variação da cota nos últimos 12 meses, valor distribuído em dividendos, Dividend Yield, liquidez média diária, data de início do fundo e quantidade de cotistas. Para garantir a relevância da análise de desempenho, o estudo se restringe a fundos com um histórico de listagem de no mínimo 12 meses.
3. Metodologia e Critérios de Seleção de Fundos
Fontes de Dados Utilizadas
As informações e dados para este estudo foram coletados principalmente de diversas plataformas de dados financeiros e websites oficiais de gestoras de fundos, conforme indicado nos materiais de pesquisa. As fontes incluem portais como Clube FII, Status Invest, Funds Explorer, e páginas dedicadas de gestoras como Kinea, Nu Asset, Sparta, Capitânia, Itaú Asset, Fator e XP Asset. É importante notar que a disponibilidade e a consistência dos dados variaram entre as fontes, o que exigiu uma cuidadosa consolidação e, em alguns casos, a priorização de informações mais recentes ou provenientes de fontes mais abrangentes para múltiplos fundos.
Critério de Exclusão de Fundos com Menos de 12 Meses de Listagem
Para assegurar que a análise de desempenho e dividendos dos fundos fosse baseada em um histórico temporal relevante, foi estabelecido um critério de exclusão rigoroso: todos os fundos com menos de 12 meses de listagem foram removidos do estudo. Este critério é fundamental para que métricas como a variação da cota nos últimos 12 meses e o Dividend Yield anualizado sejam representativas do desempenho do fundo ao longo de um período completo.
Com base nas datas de início dos fundos e considerando que os dados foram atualizados em torno de 06 de junho de 2025 , os seguintes fundos foram identificados e excluídos do estudo:
- IRIF11 (Iridium FI-Infra): Data de Início: 05/09/2024. Este fundo não completou 12 meses de operação até a data de corte do estudo.
- NUIF11 (Nu FI-Infra FI-INFRA): Data de Início: 12/12/2023. Este fundo também não atingiu o período mínimo de 12 meses de listagem.
Os fundos que atendem ao critério de inclusão e, portanto, serão analisados detalhadamente neste estudo, são: OGIN11, RBIF11, SNID11, BODB11, CDII11, CPTI11, BDIF11, JURO11, BIDB11, KDIF11, IFRA11, INFA11, BINC11, XPID11, RIFF11 e VANG11.
4. Panorama dos FI-INFRA Analisados
Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-INFRA) listados na B3 demonstram uma variedade de estratégias e focos, refletindo a diversidade do próprio setor de infraestrutura brasileiro. Abaixo, um panorama dos fundos incluídos na análise:
- OGIN11 (Nikos FIC-INFRA FI-INFRA): Este fundo de renda fixa negociado na B3 concentra seus investimentos em debêntures incentivadas do setor de infraestrutura, conforme a Lei 12.431. É acessível ao público em geral e busca superar o rendimento de títulos públicos equivalentes de médio prazo, oferecendo rendimentos isentos de Imposto de Renda.
- RBIF11 (Rio Bravo ESG FIC FI FI-Infra): Embora as informações detalhadas sobre sua estratégia específica sejam limitadas nos dados fornecidos, o nome do fundo sugere um foco em critérios ESG (Ambiental, Social e Governança), o que pode indicar uma abordagem de investimento alinhada com práticas de sustentabilidade no setor de infraestrutura.
- SNID11 (Suno Infra FI-INFRA): As informações disponíveis não detalham a estratégia específica deste fundo, mas sua inclusão na categoria FI-INFRA indica um foco em investimentos em infraestrutura, provavelmente através de debêntures incentivadas.
- BODB11 (Bocaina FI-Infra FI-INFRA): Este fundo tem como objetivo a aquisição de ativos de renda fixa, com ênfase em debêntures incentivadas de infraestrutura, bem como o ganho de capital obtido com a compra e venda desses títulos.
- CDII11 (Sparta Infra CDI FI-INFRA): O fundo busca uma rentabilidade-alvo, distribui rendimentos mensais e é acessível a investidores em geral. Sua estratégia foca em ativos de infraestrutura atrelados ao CDI.
- CPTI11 (Capitânia FI-Infra FI-INFRA): As informações fornecidas são limitadas quanto à sua estratégia de investimento específica, mas o fundo é administrado pelo BTG Pactual e gerido pela Capitânia S/A, com uma taxa de administração de 1,00% ao ano.
- BDIF11 (BTG Pactual Dívida FI-Infra FI-INFRA): Este fundo, como o nome sugere, investe em dívida de infraestrutura. Embora as informações detalhadas sobre sua estratégia específica não estejam amplamente disponíveis nos dados, ele é um dos fundos de maior patrimônio líquido analisados.
- JURO11 (Sparta Infra FIC FI-INFRA): Semelhante ao CDII11, este fundo é gerido pela Sparta e administrado pelo BTG Pactual, com um patrimônio líquido significativo, indicando uma presença relevante no mercado de FI-INFRA.
- BIDB11 (Inter FI-Infra FI-INFRA): Este fundo é administrado pela Inter DTVM e foca em investimentos em infraestrutura, com distribuição mensal de rendimentos e isenção de taxa de performance.
- KDIF11 (Kinea FI-Infra FI-INFRA): Gerido pela Kinea Investimentos, o KDIF11 tem como objetivo um retorno total superior ao seu benchmark, o IMA-B, e é um dos fundos com maior patrimônio líquido do setor.
- IFRA11 (Itaú FIC FI-Infra FI-INFRA): O fundo do Itaú Asset Management investe em títulos privados incentivados, buscando um retorno acima do CDI (CDI + 0,5% a 1,0%). Oferece amortizações mensais e isenção de Imposto de Renda, com seu portfólio composto principalmente por debêntures de infraestrutura.
- INFA11 (Fator Infra): Este fundo de investimento em infraestrutura, com gestão da Fator Asset, aloca recursos preferencialmente em debêntures incentivadas com rating AAA, AA e A. Busca um retorno de CDI + 0,50% a 1,50% ao ano, isento de Imposto de Renda para pessoas físicas.
- BINC11 (Bradesco FI-Infra): As informações detalhadas sobre a estratégia de investimento do BINC11 não estão disponíveis nos dados fornecidos, mas o fundo é parte do portfólio de FI-INFRA do Bradesco.
- XPID11 (XP Infra Debêntures): Este fundo da XP Asset Management concentra-se em debêntures incentivadas e possui prazo de duração indeterminado, sendo focado em investidores qualificados.
- RIFF11 (RIFF FIC DE INFRA): Gerido pela Paramis BR Investimentos, este fundo possui uma taxa de performance atrelada ao desempenho que excede o IMAB-5*, indicando uma gestão ativa com foco em superação de benchmark.
- VANG11 (Icatu Vanguarda FI-Infra): As informações sobre a estratégia específica deste fundo são limitadas nos dados, mas ele é listado como um FI-INFRA, indicando seu foco em investimentos em infraestrutura.
- INFB11 (DRÝS Fi-Infra): Este fundo, com cotação online na B3, apresenta informações sobre sua cota de mercado e patrimonial, e últimas distribuições, indicando sua participação no mercado de FI-INFRA.
5. Tabela Comparativa de Indicadores Chave dos FI-INFRA
A tabela a seguir consolida os principais indicadores dos Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-INFRA) analisados, fornecendo uma visão comparativa que é essencial para a tomada de decisão de investidores. A centralização desses dados, que muitas vezes estão dispersos em diversas fontes, permite uma análise mais eficiente e direta. Ao alinhar as métricas lado a lado, é possível identificar rapidamente as diferenças e semelhanças entre os fundos, como as variações nas taxas de administração ou nos Dividend Yields. Esta organização facilita a análise quantitativa, permitindo que um analista classifique, filtre e realize cálculos para refinar sua compreensão do universo de investimento. Além disso, a presença de "N/A" para informações não disponíveis destaca lacunas na transparência de dados em todo o mercado ou para fundos específicos, o que é uma observação crucial para a diligência devida.
Código de listagem | Administrador do fundo | Gestor do fundo | Taxa de administração (a.a.) | Taxa de performance | Valor do patrimônio líquido do fundo (R$) | Valor patrimonial por cota (R$) | Valor da cota no mercado no dia de hoje (R$) | Preço/Valor Patrimonial (P/VP) | Variação da cota no mercado nos últimos 12 meses | Valor distribuído em dividendos nos últimos 12 meses (R$) | Dividend Yield | Liquidez média diária (valor negociado) (R$) | Data de Início do Fundo | Quantidade de Cotistas |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
OGIN11 | BANCO DAYCOVAL | N/A | N/A | N/A | 44.955.097 | 9,63 | 7,86 | 0,82 | -17,35% | 0,96 | 12,72% | 125.251 | 10/10/2022 | 1 |
RBIF11 | BANCO DAYCOVAL | N/A | N/A | N/A | 78.764.464 | 90,76 | 76,47 | 0,84 | 10,31% | 8,06 | 10,54% | 103.581 | 23/06/2022 | 1 |
SNID11 | BTG PACTUAL | Suno Gestora de Recursos LTDA | 0.10% a.a. | N/A | 73.271.146 | 10,17 | 10,28 | 1,01 | 5,98% | 1,25 | 12,16% | 162.771 | 07/02/2023 | 8.686 |
BODB11 | BTG PACTUAL | N/A | N/A | N/A | 565.315.958 | 8,71 | 7,45 | 0,86 | -7,27% | 0,50 | 6,72% | 1.100.000 | N/A | N/A |
CDII11 | BTG Pactual SF S.A. DTVM | Sparta Administradora de Recursos Ltda. | 1.0% a.a. | Não há | 1.416.501.900 | 105,81 | 103,89 | 0,98 | 5,83% | 14,07 | 13,54% | 3.400.000 | N/A | N/A |
CPTI11 | BTG Pactual Serviços Financeiros S/A DTVM | Capitânia S/A | 1.00% a.a. | Não aplicável | 1.282.065.781 | 94,39 | 84,69 | 0,90 | -4,10% | 12,00 | 14,17% | 1.800.000 | 07/06/2022 | N/A |
BDIF11 | BTG PACTUAL | N/A | N/A | N/A | 1.506.964.339 | 83,14 | 75,60 | 0,91 | 3,24% | 10,89 | 14,40% | 2.600.000 | N/A | 1 |
JURO11 | BTG PACTUAL | N/A | N/A | N/A | 2.113.898.094 | 102,76 | 100,79 | 0,98 | 1,70% | 10,50 | 11,41% | 4.200.000 | 08/12/2021 | 89.323 |
BIDB11 | INTER DTVM | N/A | 0.80% a.a. | Não há | 211.433.502 | 84,72 | 81,53 | 0,96 | 2,70% | 12,79 | 15,69% | 362.000 | Setembro de 2021 | N/A |
KDIF11 | INTRAG | Kinea Investimentos | 1.11% a.a. | Não há | 2.591.153.053 | 127,61 | 125,75 | 0,99 | 6,04% | 14,72 | 11,71% | 1.900.000 | 27/04/2017 | 40.991 |
IFRA11 | INTRAG | N/A | N/A | N/A | 1.565.930.975 | 101,08 | 97,36 | 0,96 | -9,52% | 11,36 | 12,67% | 1.900.000 | 20/01/2020 | 33.646 |
INFA11 | N/A | Lucas Marrese (Fator Asset) | 0.15% a.a. | N/A | N/A | N/A | 9,82 | N/A | -1,80% | 1,61 | 16,34% | N/A | N/A | N/A |
BINC11 | N/A | N/A | N/A | N/A | 480.218.159 | N/A | 93,05 | 0,92 | 0,67% | 6,89 | 7,40% | 360.400 | N/A | N/A |
XPID11 | Banco Genial S.A. | XP Vista Asset Management Ltda. | 0.83% | Não há | 309.968.805 | 97,92 | 57,60 | 0,59 | -1,27% | 8,10 | 14,06% | 202.800 | 03/02/2021 | 1 |
RIFF11 | S3 CACEIS | Paramis BR Investimentos | 0.84% | 20% acima do IMAB-5* | 141.992.401 | 9,47 | 7,91 | 0,84 | -14,12% | 0,61 | 7,65% | 314.300 | 03/06/2024 | 5.968 |
VANG11 | BANCO DAYCOVAL | N/A | N/A | N/A | 50.405.468 | 100,81 | 98,87 | 0,98 | 7,64% | 9,00 | 9,10% | 31.700 | 28/05/2024 | 1 |
INFB11 | BTG PACTUAL | N/A | N/A | N/A | 25.227.815 | 98,59 | 101,49 | 1,03 | 2,14% | 0,00 | N/A | 153.200 | 28/05/2024 | 213 |
JMBI11 | XP INVESTIMENTOS | Jive High Yield Gestão de Recursos Ltda. | N/A | N/A | 444.882.994 | 101,69 | 87,00 | 0,86 | -7,38% | 8,06 | 9,26% | 1.100.000 | N/D | 11.236 |
Nota: "N/A" indica que a informação não estava disponível nas fontes consultadas. As variações de 12 meses priorizam a variação de preço da cota, quando disponível, sobre o Yield de Distribuição de 12 Meses.
6. Análise Comparativa e Implicações
A análise dos dados dos FI-INFRA listados na B3 revela padrões e características importantes para a compreensão do mercado e para a tomada de decisões de investimento.
Análise de Custos: Taxas de Administração e Performance
As taxas de administração dos FI-INFRA analisados demonstram uma variação considerável, com alguns fundos, como o SNID11, apresentando uma taxa de 0,10% ao ano , enquanto outros, como o KDIF11 e o CPTI11, cobram 1,11% a.a. e 1,00% a.a., respectivamente. Essa amplitude nos custos pode influenciar diretamente o retorno líquido para o investidor.
No que tange às taxas de performance, a maioria dos fundos explicitamente declara não possuí-las (e.g., BIDB11, CDII11, CPTI11, KDIF11, XPID11). No entanto, o RIFF11 se destaca por cobrar uma taxa de performance de 20% sobre o que exceder o retorno do IMAB-5*. A presença ou ausência de uma taxa de performance, e a forma como ela é estruturada, tem um impacto direto nos incentivos da equipe de gestão e na sua busca por retornos. Quando uma taxa de performance está atrelada a um benchmark desafiador, como o IMAB-5*, isso significa que os gestores são financeiramente recompensados por superar o desempenho de um índice de mercado relevante. Essa estrutura pode indicar que o gestor tem grande confiança em sua capacidade de gerar retornos superiores, o que pode levar a uma gestão mais ativa e, potencialmente, a uma estratégia de maior risco/retorno. Por outro lado, fundos que não cobram taxa de performance podem ter uma abordagem mais conservadora ou passiva, buscando replicar o desempenho do mercado ou de um índice sem a pressão adicional de superá-lo para justificar uma remuneração extra.
Valuation e Rentabilidade: P/VP, Dividend Yield e Variação 12 Meses
A relação Preço/Valor Patrimonial (P/VP) é um indicador crucial para avaliar se um fundo está sendo negociado com prêmio ou desconto em relação ao seu valor contábil. Uma observação marcante é que muitos dos FI-INFRA analisados estão sendo negociados com um P/VP abaixo de 1,0. Exemplos incluem OGIN11 (0,82), RBIF11 (0,84), BODB11 (0,86), CPTI11 (0,90), BDIF11 (0,91), BIDB11 (0,96), IFRA11 (0,96), JMBI11 (0,86) e, notavelmente, XPID11 com um P/VP de 0,59. Um P/VP inferior a 1,0 indica que a cota de mercado do fundo está abaixo do seu valor patrimonial por cota. Isso pode sugerir que o mercado percebe riscos adicionais associados aos ativos subjacentes do fundo, como a sensibilidade às taxas de juros, riscos de execução de projetos ou menor liquidez dos próprios ativos. Para investidores que buscam valor, essa situação pode representar uma oportunidade de adquirir ativos por um preço abaixo do seu valor intrínseco, desde que a análise das razões para esse desconto não revele problemas fundamentais ou riscos excessivos. O caso do XPID11, com um P/VP tão baixo, merece uma investigação mais aprofundada para entender os fatores que contribuem para essa desvalorização percebida pelo mercado. Em contraste, o SNID11, com um P/VP de 1,01 , sugere que o mercado atribui um pequeno prêmio à sua cota, possivelmente refletindo maior confiança em sua gestão ou na qualidade de seu portfólio.
Os Dividend Yields (DY) dos fundos variam consideravelmente, desde 6,72% para BODB11 até 15,69% para BIDB11. Essa ampla faixa de rendimentos é um ponto de atenção para investidores focados em renda. Fundos com DY muito elevados, como o BIDB11, podem ser atraentes para quem busca fluxo de caixa regular e isento de impostos. No entanto, é fundamental que o investidor avalie a sustentabilidade desse rendimento. Um DY elevado, especialmente quando acompanhado por uma variação negativa da cota nos últimos 12 meses (como observado no OGIN11, com variação de -17,35% e DY de 12,72% ), pode indicar que o fundo está distribuindo um valor que não é totalmente suportado pelos rendimentos operacionais ou que a desvalorização do capital está corroendo o retorno total. Em tais casos, o que parece ser um alto rendimento pode, na verdade, ser uma "armadilha de valor", onde a perda de capital supera os dividendos recebidos. Por outro lado, um DY moderado combinado com uma valorização positiva da cota (como o RBIF11, com 10,31% de variação e 10,54% de DY ) pode indicar um perfil de retorno total mais saudável e equilibrado.
Tamanho e Liquidez: Patrimônio Líquido e Liquidez Média Diária
O tamanho dos fundos, medido pelo Patrimônio Líquido (PL), varia significativamente, desde fundos menores como OGIN11 (R$ 44.955.097) e INFB11 (R$ 25.227.815) até gigantes como KDIF11 (R$ 2.591.153.053) e JURO11 (R$ 2.113.898.094). A liquidez média diária, que reflete a facilidade de compra e venda de cotas sem impactar significativamente o preço, também apresenta uma grande variação, indo de R$ 31.700 (VANG11) a R$ 4.200.000 (JURO11).
Geralmente, fundos com maior patrimônio líquido tendem a apresentar maior liquidez. Essa correlação é um sinal de eficiência do mercado: fundos maiores atraem mais investidores e, consequentemente, têm um volume de negociação mais elevado. Uma alta liquidez é um fator positivo para os investidores, pois permite a entrada e saída de posições de forma mais eficiente, minimizando o impacto no preço da cota. Isso é particularmente importante para investidores institucionais ou aqueles que precisam de flexibilidade para ajustar suas carteiras. A observação dessa relação entre tamanho e liquidez sugere que o mercado de FI-INFRA, embora ainda em desenvolvimento, opera de forma razoavelmente previsível nesse aspecto.
Destaques e Tendências: Administradores e Cotistas
A análise dos administradores dos fundos revela uma concentração notável. O BTG Pactual, por exemplo, figura como administrador de vários fundos importantes, incluindo SNID11, BODB11, CDII11, CPTI11, BDIF11, JURO11 e INFB11. Outras instituições relevantes incluem Intrag (KDIF11, IFRA11) e Banco Daycoval (OGIN11, RBIF11, VANG11). A presença dominante de um player como o BTG Pactual no mercado de administração de FI-INFRA pode indicar uma expertise consolidada e economias de escala na gestão desses ativos especializados. Isso pode ser benéfico para os fundos, potencialmente resultando em melhor acesso a projetos de infraestrutura e operações mais eficientes. No entanto, essa concentração também introduz um risco sistêmico; qualquer problema operacional ou de reputação envolvendo um administrador tão proeminente poderia ter repercussões mais amplas em uma parcela significativa do mercado de FI-INFRA, afetando múltiplos fundos simultaneamente. Para os investidores, isso significa que, embora possam se beneficiar da solidez e experiência de um grande banco, é prudente considerar a diversificação de administradores em seu portfólio para mitigar esse risco de concentração.
A quantidade de cotistas é uma métrica que, no entanto, apresenta desafios de transparência. Para muitos fundos, essa informação não está disponível ou é apresentada com números muito baixos (por exemplo, 1 cotista para OGIN11, RBIF11, BDIF11, XPID11 e VANG11 ). Essa inconsistência e a frequente ausência de dados para "Quantidade de Cotistas" representam uma lacuna significativa na transparência do mercado de FI-INFRA. A falta de informações claras sobre a base de investidores dificulta a avaliação da amplitude e profundidade do interesse do mercado nesses fundos. Quando um fundo com um patrimônio líquido considerável apresenta um número muito baixo de cotistas, isso pode indicar uma propriedade altamente concentrada. A concentração de cotas, por sua vez, pode levar a uma maior volatilidade de preços, pois um pequeno número de grandes investidores pode influenciar desproporcionalmente o valor de mercado das cotas. Além disso, essa falta de detalhe sugere que o mercado de FI-INFRA pode ser menos maduro ou menos democratizado em comparação com outros tipos de fundos, como os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) tradicionais, onde o número de cotistas é frequentemente divulgado e é um indicador de popularidade e estabilidade. A superação dessa lacuna de dados seria benéfica para a atratividade e o crescimento do setor.
7. Considerações Finais e Implicações para Investidores
O mercado de Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-INFRA) no Brasil, embora ainda em fase de desenvolvimento, oferece oportunidades de investimento em um setor vital para o crescimento econômico do país. A atratividade desses fundos é amplificada pelos benefícios fiscais concedidos a pessoas físicas, tornando os rendimentos e ganhos de capital isentos de Imposto de Renda.
O estudo revelou que uma parte significativa dos FI-INFRA está sendo negociada com um desconto em relação ao seu valor patrimonial (P/VP abaixo de 1,0). Essa característica pode indicar oportunidades de valor para investidores dispostos a realizar uma análise mais aprofundada. No entanto, é crucial investigar as razões por trás desses descontos, que podem variar desde percepções de risco do mercado até questões específicas dos ativos subjacentes ou da gestão do fundo. A liquidez dos fundos varia, com os de maior patrimônio líquido geralmente oferecendo maior facilidade de negociação, o que é um ponto a ser considerado por investidores que valorizam a capacidade de entrada e saída rápida de suas posições.
Para diferentes perfis de investidores, as implicações dos dados são as seguintes:
- Investidores focados em renda: Devem priorizar fundos com Dividend Yields consistentes e sustentáveis. É imperativo que a análise vá além do percentual de rendimento, avaliando a variação da cota nos últimos 12 meses para garantir que a distribuição de dividendos não esteja ocorrendo à custa da desvalorização do capital principal.
- Investidores de valor: Podem encontrar oportunidades nos fundos negociados com desconto no P/VP. Contudo, a identificação de um desconto deve ser o ponto de partida para uma diligência aprofundada, buscando entender se o desconto é resultado de um desalinhamento temporário do mercado ou de problemas fundamentais.
- Investidores orientados ao crescimento: Devem procurar fundos que demonstrem não apenas bons rendimentos, mas também uma valorização positiva da cota ao longo dos 12 meses, indicando um crescimento saudável do valor do fundo e de seus ativos.
- Investidores avessos ao risco: Podem se sentir mais confortáveis com fundos maiores e mais líquidos, que tendem a ter um histórico mais estável. A atenção às lacunas de dados, como a ausência de informações sobre a quantidade de cotistas, é fundamental para esses investidores, pois a menor transparência pode implicar em riscos adicionais ou maior volatilidade.
É importante ressaltar que a obtenção de dados completos e consistentes para todos os indicadores solicitados, especialmente para gestor, taxas de performance e quantidade de cotistas, apresentou desafios. Essa limitação de dados disponíveis publicamente sublinha a importância da diligência contínua por parte dos investidores. Recomenda-se que os interessados consultem sempre os documentos oficiais dos fundos (prospectos, regulamentos, relatórios gerenciais mensais) e busquem aconselhamento profissional. Embora os FI-INFRA representem uma via promissora para diversificar portfólios e participar do desenvolvimento infraestrutural do Brasil, uma abordagem disciplinada e bem informada é essencial para navegar neste segmento de mercado.
Bem pessoal, colando o conteúdo no blog, a formatação se perdeu e a leitura acabou ficando prejudicada... e como viram, faltou muita informação que eu considero importante, então, vou ter que fazer manualmente o estudo novamente, assim que eu concluir trarei o estudo no formato antigo pra compartilhar.
ResponderExcluirDe qualquer forma, sigo testando as ferramentas, talvez melhorando o prompt consiga resultados melhores, vou tentar especificar os fundos desejados, visto que ele excluiu o NUIF11 com base na regra de ter mais de 12 meses, e esse fundo tem mais, então a IA se perdeu nesse ponto. Fico pensando em quais outros pontos ela pode ter se perdido... não me passou muita confiança.
Até o futuro!
vou aguardar o próximo post. obrigado pela iniciativa. sugestão: como precificar um FI Infra.
ExcluirchatGPT:
ExcluirPrecificar um FI-INFRA (Fundo de Investimento em Infraestrutura) envolve uma combinação de análise de fluxo de caixa, risco de crédito, taxa de desconto e cenário macroeconômico, semelhante à precificação de debêntures incentivadas, pois os FI-INFRA são compostos majoritariamente por esses títulos. A seguir, apresento um passo a passo de como fazer essa precificação:
🧮 1. Entender a composição do fundo
Antes de precificar, é essencial analisar:
Quais debêntures ou CRIs estão na carteira?
Qual o prazo médio dos ativos?
Qual a remuneração: IPCA + x%, CDI + y%, prefixado?
Qual o risco de crédito (rating) dos emissores?
Há exposição a obras em construção ou apenas a ativos operacionais?
📊 2. Calcular o valor presente dos fluxos de caixa (FCD)
Para cada ativo da carteira, estima-se os fluxos futuros de pagamento (cupons + amortização) e se desconta à taxa de mercado atual para ativos semelhantes.
Exemplo simplificado:
Suponha uma debênture IPCA + 6,0% ao ano, com pagamentos semestrais. Se o mercado agora exige IPCA + 7,5% para risco similar:
O valor de mercado do título vai cair.
Você pode usar uma calculadora de “preço de um título indexado ao IPCA” ou Excel com a fórmula de valor presente para estimar isso.
💡 Dica: Sites como Anbima, Funds Explorer, Status Invest ou relatórios do próprio fundo muitas vezes já trazem o valor de mercado dos ativos, facilitando esse trabalho.
💵 3. Comparar com o valor da cota
Após estimar o valor presente líquido (VPL) dos ativos do fundo, você:
Soma o valor presente de todos os ativos da carteira.
Subtrai as taxas e encargos.
Divide pelo número de cotas.
Se o resultado for maior que o preço de mercado da cota, o fundo está com desconto. Se for menor, está com ágio.
🔎 4. Analisar a taxa interna de retorno (TIR)
A TIR esperada da cota (Yield to Maturity) é o retorno anual que o investidor teria se mantivesse o fundo até o vencimento dos ativos, recebendo os rendimentos e amortizações.
Alguns analistas chamam isso de “duration yield” ou “YTM da carteira”.
Quanto maior o spread sobre o IPCA (ou CDI), mais atrativo é o fundo — considerando o risco.
🌡️ 5. Avaliar riscos e cenário macro
Mesmo um fundo com bom retorno pode ser arriscado:
Risco de crédito: inadimplência ou reestruturação das debêntures.
Risco de obras e permissões: comuns em ativos de infraestrutura.
Risco político/regulatório: tarifas de energia, pedágios, etc.
Risco de liquidez: alguns FI-INFRA têm baixa negociação.
📌 Exemplo prático simplificado
Imagine um FI-INFRA negociando a R$ 90,00, com:
Carteira IPCA+6,2%
Duration média de 6 anos
Risco crédito IGPM alto
Benchmark de mercado: IPCA+5,5%
Neste cenário, você teria:
Spread positivo (6,2% > 5,5%) => cota com potencial de valorização
Preço abaixo do valor patrimonial => desconto
Mas precisa verificar risco de crédito e liquidez
🧰 Ferramentas úteis
Excel (funções VP, TIR, XIRR)
Calculadoras da Anbima para debêntures
Fundos Explorer ou Oceans14 (comparar VP x preço)
Relatórios gerenciais do fundo (mensais ou trimestrais)
Uma coisa que me espantou e eu só descobri recentemente é que tanto FI-INFRAS quanto Fiagros, diferente dos FII, não são obrigados por lei a distribuir 95% dos resultados semestralmente.
ResponderExcluirIsso faz com que a renda mensal deles seja muito menos segura. Para usar na aposentadoria eu achei que não valia a pena.
Abraços.
Pois é, corre-se o risco, já vi em relatórios que vários ficaram alguns meses sem pagar, mas tem a vantagem de não pagar IR na valorização da cota, apesar que FIIs em geral não tem valorizado muito, a maioria está no vermelho atualmente então isso nem importa tanto. Eu nem sei porque eu coloquei na minha política de investimentos que teria que ter FIINFRA na carteira, devo ter ficado maravilhado com a isenção do IR que tem sido cada vez mais escassa. Abs
Excluirse por uma lado a renda é menos segura, por outro o gestor pode reaplicar o dinheiro ao invés de distribuir.
ExcluirJURO11 só paga se valor patrimonial estiver acima de 100.
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